terça-feira, 18 de junho de 2013

Shadows - Capítulo 2

                Eu realmente não sei o que esperava da sala, talvez um lustre, cristais, ouro ou qualquer coisa do tipo, mas não esperava isso.
                No lado esquerdo havia uma lareira acesa com um sofá de três lugares na frente, separados por uma pequena mesa retangular, a parede da direita uma enorme estante repleta de livros de todos os tipos e nenhuma janela.
                Então eu percebi a figura perto da estante.
                Um homem entre 40 e 50 anos, alto e magro, porém forte, pele branca, cabelos cor de areia bem penteados, usava um terno preto completo e pareceu não me notar, pois estava lendo um livro antigo e nem olhou para mim.
                Poucos segundos depois ele levanta os olhos para mim, prendo a respiração involuntariamente, como se não quisesse que ele me notasse.
                Ele fecha o livro e o joga em uma mesa próxima que eu não havia notado, ele me olha com indecifráveis olhos castanhos, até que estende a mão em direção ao sofá e com uma voz sinistramente calma.
                -Sente-se.
                Me mecho o mínimo necessário, mas sento no sofá, ele anda um pouco atrás de mim, até que por fim ele coloca uma bandeja de prata na mesinha e senta ao meu lado.
                Na bandeja há duas xícaras e um bule de porcelana, alguns talheres e um recipiente com cubos de açúcar, o que tornaria um agradável chá inglês se não fosse a situação atual.
                Ele serve um chá escuro nas xícaras, colocando certa quantidade de açúcar e me estende uma delas.
                Não a pego.
                Ele me dá medo, por mais que pareça sereno e inofensivo, por fim ele suspira e coloca a xícara de volta à bandeja.
                Como sou estúpida! Estive tão curiosa que nem consegui pensar nos riscos que correria em ir a um lugar desconhecido sozinha com a esperança de ganhar algo que sei que jamais receberei, agora estou ao lado de um homem estranho, em uma sala trancada.
                Eu vivi alguns meses nas ruas, com pessoas me perseguindo regularmente, pensando coisas horríveis de mim, mas sempre dei um jeito de escapar, mas aqui, não tenho nenhuma chance de fugir.
                Tem algo errado com esse homem! Ele é muito calmo e paciente, não é como se fosse tentar alguma coisa comigo. Mas minha intuição dizia “Corra! Ele vai te atacar se você ficar ai parada”
                Talvez se eu derrubasse o chá nele causaria uma distração para eu correr até a porta, que talvez eu consiga quebrar a fechadura com algum livro, sair, correr para fora, passar pelo portão e fugir para o mais longe que eu puder, tem algumas possíveis falhas em meu plano, mas vale a pena tentar.
                Porem, antes de conseguir coragem o suficiente para pegar o chá, o homem coloca seu chá na bandeja e pergunta com uma voz neutra:
-De onde você é, Demétria?
-De New York.-Respondo, talvez seja melhor manter ele ocupado em tentar tirar alguma informação de mim.- Meus pais ainda moram lá.
                Agora pego o chá, com as mãos trêmulas e finjo tomar alguns goles, o que é difícil se você está morrendo de fome, mas é melhor precaver.
                -Está com medo?- Ele pergunta com os olhos fixos em mim, mas eu ainda não o olho- Está com medo de mim?
                -Não!- Minto, tentando parecer ofendida.
                Ele dá uma breve risada.
                -Você não tem um dom para mentir.
                Então com um movimento rápido ele segura a ponta do meu queixo e me obriga a olhá-lo, nossos olhos se encontram e é como se uma batalha silenciosa estivesse acontecendo, ele tentando entrar em meus pensamentos, seus olhos são difíceis de encarar, mas me forço a não desviar o olhar.
                -Se isso te acalmar- Diz ele acariciando meu queixo- Prometo que jamais vou tocar em você!
                Sinto-me confusa, o que ele quer comigo então?
                Não há mais motivo para ficar aqui! Então afasto minha cabeça, coloco a xícara na bandeja, me levanto bruscamente e digo em quanto vou em direção á porta:
                -Tenho que ir, obrigada pelo chá!
                Mas quando tento abrir a porta me lembro que ela está fechada. E agora? Seria um bom momento para surtar?
                Me afasto um pouco da porta a encarando, pensando em alguma possibilidade de fuga, mas não vejo nenhuma, percebo que ele se levantou também, mas se move lentamente, sem pressa nenhuma.
                -Esse era seu plano?Fugir correndo?
                Me viro para encará-lo e me assusto ao ver que ele está a poucos metros de mim, ele retira o terno e a gravata, me deixando mais desconfortável do que já estou.
                -Acredita em lendas?- Pergunta ele jogando o terno no sofá.
                -Depende.- Respondo indiferente.
                -Acredita em lobisomens?
                -Talvez.
                -Fantasmas?
                -Sim.
                -Zumbis?
                -Não.
                A cada pergunta suas mãos ficavam cada vez mais inquietas, percebo que ele está segurando uma pequena bolinha de gude.
                -Vampiros?
                -Não!
                Ele joga suavemente a bolinha de sua mão no chão, que vem rolando em minha direção, eu a sigo com os olhos até ela bater inofensiva na porta.
                Qual o significado disso?
                Mas quando descubro, já é tarde de mais.
                Ele me agarra por trás, seus braços me envolvem prendendo meus cotovelos, minha adrenalina sobe e realmente entro em desespero, me debato como louca, tento me jogar no chão, mas ele me segura cada vez mais forte, fuás mão são firmes de modo que não tem nenhum jeito de escapar.
                -Nããão!!!- Grito- Me solta!!! 
                Ele solta uma das mãos, mas ainda sim não consigo me livrar, com mão livre ele segura minha cabeça e faz que a vire, esticando meu pescoço do lado esquerdo.
                A única coisa que consigo ver é o chão e nossos pés, mas ouço um ganido apavorante e sinto seus dentes penetrarem minha jugular.
                -Vampiro?
                -Não!
                Estas palavra ecoam em minha mente em quanto vejo meus sangue escorrer por meu corpo até começar a formar uma poça no chão, a dor é agonizante, de forma que continuo tentando lutar.
-PARA!!! POR FAVOR!!! ME SOLTA!!! NÃÃÃÃÃOO!!!!
                Então ele para. Apenas para respirar. Antes de me virar de frente para ele, seu lábios estão manchados de sangue, algumas gotas escorrem por seu queixo.
                -Comece a acreditar nas lendas.
                Meus braços estão livres, mas estou tão tonta que mal consigo deixar meus olhos abertos, ele está me mantendo de pé em um abraço desconfortável, então ele me deixa deitar no chão e apoia minha cabeça em sua mão.
                Então vira minha cabeça e me morde novamente.
                Sinto a vida saindo de meu corpo, me deixando lentamente, observo a poça de sangue cada vez maior, então ela começa a ficar preta e percebo que morri.
                Só que não.

...



Então galera, ostei que teve mais coment no ultimo capítulo que eu postei. Mas vamos lá! Coments é bom e todo mundo gosta!! Beijinhos!!

Lembrete: Essa história não e minha. Quem está escrevendo ela é minha melhor amiga.

3 comentários:

  1. To me interessando cada vez mais!!!
    Corrigindo: To amando cada vez mais!!!
    Continuaaaaaaaaaaa
    bjus
    xoxo

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  2. Ahhh!!
    Que anciosidadeee!!
    Posta looooooogooooo
    Você escreve muito bem
    beijooos

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  3. Ahhhh que perfeita..
    Quem deve ser esse cara?
    aaiin posta logo eu quero saber menina rsrs
    que me matar de tanta ansiedade é?
    Posta logo Please
    bjos..

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