Eu realmente não sei o que
esperava da sala, talvez um lustre, cristais, ouro ou qualquer coisa do tipo, mas
não esperava isso.
No lado esquerdo havia uma
lareira acesa com um sofá de três lugares na frente, separados por uma pequena
mesa retangular, a parede da direita uma enorme estante repleta de livros de
todos os tipos e nenhuma janela.
Então eu percebi a figura
perto da estante.
Um homem entre 40 e 50
anos, alto e magro, porém forte, pele branca, cabelos cor de areia bem
penteados, usava um terno preto completo e pareceu não me notar, pois estava
lendo um livro antigo e nem olhou para mim.
Poucos segundos depois ele
levanta os olhos para mim, prendo a respiração involuntariamente, como se não
quisesse que ele me notasse.
Ele fecha o livro e o joga
em uma mesa próxima que eu não havia notado, ele me olha com indecifráveis
olhos castanhos, até que estende a mão em direção ao sofá e com uma voz sinistramente
calma.
-Sente-se.
Me mecho o mínimo
necessário, mas sento no sofá, ele anda um pouco atrás de mim, até que por fim
ele coloca uma bandeja de prata na mesinha e senta ao meu lado.
Na bandeja há duas xícaras
e um bule de porcelana, alguns talheres e um recipiente com cubos de açúcar, o
que tornaria um agradável chá inglês se não fosse a situação atual.
Ele serve um chá escuro
nas xícaras, colocando certa quantidade de açúcar e me estende uma delas.
Não a pego.
Ele me dá medo, por mais
que pareça sereno e inofensivo, por fim ele suspira e coloca a xícara de volta
à bandeja.
Como sou estúpida! Estive
tão curiosa que nem consegui pensar nos riscos que correria em ir a um lugar desconhecido
sozinha com a esperança de ganhar algo que sei que jamais receberei, agora
estou ao lado de um homem estranho, em uma sala trancada.
Eu vivi alguns meses nas
ruas, com pessoas me perseguindo regularmente, pensando coisas horríveis de
mim, mas sempre dei um jeito de escapar, mas aqui, não tenho nenhuma chance de
fugir.
Tem algo errado com esse
homem! Ele é muito calmo e paciente, não é como se fosse tentar alguma coisa
comigo. Mas minha intuição dizia “Corra! Ele vai te atacar se você ficar ai
parada”
Talvez se eu derrubasse o
chá nele causaria uma distração para eu correr até a porta, que talvez eu
consiga quebrar a fechadura com algum livro, sair, correr para fora, passar
pelo portão e fugir para o mais longe que eu puder, tem algumas possíveis
falhas em meu plano, mas vale a pena tentar.
Porem, antes de conseguir
coragem o suficiente para pegar o chá, o homem coloca seu chá na bandeja e
pergunta com uma voz neutra:
-De onde você é, Demétria?
-De New York.-Respondo, talvez seja melhor manter ele ocupado em tentar tirar
alguma informação de mim.- Meus pais ainda moram lá.
Agora pego o chá, com as
mãos trêmulas e finjo tomar alguns goles, o que é difícil se você está morrendo
de fome, mas é melhor precaver.
-Está com medo?- Ele
pergunta com os olhos fixos em mim, mas eu ainda não o olho- Está com medo de
mim?
-Não!- Minto, tentando
parecer ofendida.
Ele
dá uma breve risada.
-Você não tem um dom para
mentir.
Então com um movimento
rápido ele segura a ponta do meu queixo e me obriga a olhá-lo, nossos olhos se
encontram e é como se uma batalha silenciosa estivesse acontecendo, ele tentando
entrar em meus pensamentos, seus olhos são difíceis de encarar, mas me forço a
não desviar o olhar.
-Se isso te acalmar- Diz
ele acariciando meu queixo- Prometo que jamais vou tocar em você!
Sinto-me confusa, o que
ele quer comigo então?
Não há mais motivo para
ficar aqui! Então afasto minha cabeça, coloco a xícara na bandeja, me levanto
bruscamente e digo em quanto vou em direção á porta:
-Tenho que ir, obrigada
pelo chá!
Mas quando tento abrir a
porta me lembro que ela está fechada. E agora? Seria um bom momento para
surtar?
Me afasto um pouco da
porta a encarando, pensando em alguma possibilidade de fuga, mas não vejo
nenhuma, percebo que ele se levantou também, mas se move lentamente, sem pressa
nenhuma.
-Esse era seu plano?Fugir
correndo?
Me viro para encará-lo e
me assusto ao ver que ele está a poucos metros de mim, ele retira o terno e a
gravata, me deixando mais desconfortável do que já estou.
-Acredita em lendas?-
Pergunta ele jogando o terno no sofá.
-Depende.- Respondo
indiferente.
-Acredita em lobisomens?
-Talvez.
-Fantasmas?
-Sim.
-Zumbis?
-Não.
A cada pergunta suas mãos
ficavam cada vez mais inquietas, percebo que ele está segurando uma pequena
bolinha de gude.
-Vampiros?
-Não!
Ele joga suavemente a
bolinha de sua mão no chão, que vem rolando em minha direção, eu a sigo com os
olhos até ela bater inofensiva na porta.
Qual o significado disso?
Mas quando descubro, já é
tarde de mais.
Ele me agarra por trás,
seus braços me envolvem prendendo meus cotovelos, minha adrenalina sobe e
realmente entro em desespero, me debato como louca, tento me jogar no chão, mas
ele me segura cada vez mais forte, fuás mão são firmes de modo que não tem
nenhum jeito de escapar.
-Nããão!!!- Grito- Me
solta!!!
Ele solta uma das mãos,
mas ainda sim não consigo me livrar, com mão livre ele segura minha cabeça e
faz que a vire, esticando meu pescoço do lado esquerdo.
A única coisa que consigo
ver é o chão e nossos pés, mas ouço um ganido apavorante e sinto seus dentes
penetrarem minha jugular.
-Vampiro?
-Não!
Estas palavra ecoam em
minha mente em quanto vejo meus sangue escorrer por meu corpo até começar a
formar uma poça no chão, a dor é agonizante, de forma que continuo tentando
lutar.
-PARA!!! POR FAVOR!!! ME SOLTA!!! NÃÃÃÃÃOO!!!!
Então ele para. Apenas
para respirar. Antes de me virar de frente para ele, seu lábios estão manchados
de sangue, algumas gotas escorrem por seu queixo.
-Comece a acreditar nas
lendas.
Meus braços estão livres,
mas estou tão tonta que mal consigo deixar meus olhos abertos, ele está me
mantendo de pé em um abraço desconfortável, então ele me deixa deitar no chão e
apoia minha cabeça em sua mão.
Então vira minha cabeça e
me morde novamente.
Sinto a vida saindo de meu
corpo, me deixando lentamente, observo a poça de sangue cada vez maior, então
ela começa a ficar preta e percebo que morri.
Só que não.
...
Então galera, ostei que teve mais coment no ultimo capítulo que eu postei. Mas vamos lá! Coments é bom e todo mundo gosta!! Beijinhos!!
Lembrete: Essa história não e minha. Quem está escrevendo ela é minha melhor amiga.
To me interessando cada vez mais!!!
ResponderExcluirCorrigindo: To amando cada vez mais!!!
Continuaaaaaaaaaaa
bjus
xoxo
Ahhh!!
ResponderExcluirQue anciosidadeee!!
Posta looooooogooooo
Você escreve muito bem
beijooos
Ahhhh que perfeita..
ResponderExcluirQuem deve ser esse cara?
aaiin posta logo eu quero saber menina rsrs
que me matar de tanta ansiedade é?
Posta logo Please
bjos..