sábado, 15 de junho de 2013

Shadows - Capítulo 1

               Então galera, confesso que fiquei chatiada por apenas duas pessoas comentarem no post do último capítulo de Diamonds. Vocês diziam que estavam gostando... Tipo, eu não peço uma quantidade X de comentários porque não acho lá muito conveniente, mas seria bom se mais pessoas comentarem. Com poucas pessoas comentando por capítulo vai saindo aquela animação que a gente tem de postar e da vontade de parar as vezes porque parece que vocês não tão gostando das histórias. Eu realmente gostaria de mais coments né...
                   Mas deixe. Vou postar o primeiro capítulo de Shadows agora.

Shadows - Capítulo 1

         Sombras.
         Todo ser humano já questionou pelo menos uma vez na vida estas formas escuras que nos imitam.
         Sempre nos seguindo.
         Até um dia em que percebi que mais do que minha sombra estava me seguindo.

         Eu estava encolhida em um banco do parque, minhas mãos massageando meus braços para me aquecer, joelhos na testa e dentes cerrados.
         Faz alguns dias desde que perdi meu emprego e estou vagando sem rumo por Intense Hill, uma pequena cidade ao norte de New York, praticamente desconhecida para o resto do mundo.
         Apesar de ser uma cidadezinha isolada, diversos fazendeiro tem imensas propriedades aqui, tanto par cultivo quanto para lazer, o que faz ser uma cidade rica, se bem que existem diversos moradores de rua, assim como eu.
Não foi minha intenção acabar assim, sozinha, sem dinheiro, ou para onde ir.
         Uma leve chuva castigava a cidade, o céu escuro e o vento que sopra das colinas próximas me fazia tremer de frio.
         Então percebi a estranha figura do outro lado da fonte, uma mulher alta, com cabelos louros curtos que pareciam brilhar perto das luzes dos postes, usava um sobre-tudo preto que a camuflava na noite, por causa disso demorei a notá-la.
         Ela olhava diretamente para mim. A quanto tempo será que estava ali? Estava me esperando? Mas por quê? Não tenho ninguém aqui.
         A lua está alta no céu quando ela caminha ate mim, não tento fugir, até porque se tentasse provavelmente não teria forças para correr, não como algo decente faz alguns dias.
         Ela se senta ao meu lado no banco, a observo pelo canto do olho e percebo que apesar de parecer jovem, algumas leves rugas definem seus olhos azuis e assombrosos.
         -Está com fome?- Pergunta com uma voz agradável acolhedora- Posso te pagar um lanche?
         Em poucos minutos estou devorando um hambúrguer gigantesco e uma porção monstruosa de batatas fritas.
         Sei que deveria suspeitar, uma pessoas que você não conhece do nada te leva a uma lanchonete e ainda te oferece porções e mais porções dos mais diversos tipos de comida, mas estava prestes a desmaiar quando ela apareceu.
         Ela não disse nada desde que chegamos e sorrindo cada vez que eu mordia algo, e de certa forma me senti meio constrangida em estar fazendo ela gastar tanto, mas isso pareceu não a incomodar.
         Quando pedi um refrigerante para terminar ela finalmente disse algo:
-Você tem família, Demétria?
-Como sabe meu nome?
         Ela ri docemente e fico me perguntando qual a graça.
-Eu ouvi aquela voluntária que ajudava os sem-teto te chamar de Demi, e assim supus que seu nome fosse Demétria.
-Estava me espionando?
-Apenas observando.
         Isso me deixa um pouco desconfortável, saber que todos os meus pequenos furtos à latas de lixo foram vistas.
-Por que está me ajudando?- Pergunto cautelosa, porque poucas pessoas foram gentis comigo desde que cheguei aqui.
         Meu refrigerante chega eu vou bebericando nos poucos minutos em que ela demora a responder.
-Percebi que você estava sozinha na cidade e com fome,- Diz ela lentamente, com seu sorriso cada vez maior- Então queria propor para você um acordo que pode te salvar.
-Que tipo de acordo?- Estou curiosa apesar de desconfiada.
         Seus olhos se estreitam de modo maligno e posso perceber que está pensando em como me convencer de algo.
-Te ofereço comida, abrigo, uma família, proteção, amigos...- Suas palavras morrem no ar ao perceber meu interesse.
         A palavra ‘amigos’ me atinge no peito com uma dor que vai me fazer chorar, eu não vou à escola, não moro em lugar nenhum, então realmente não tenho ninguém.
-O que  tenho que fazer?- As palavras pulam da minha boca ao sentir o conforto de estar alimentada- O que preciso te dar em troca?
-Venha a esse endereço amanhã- Ela me estende um cartão preto- pode vir a qualquer hora, e se arrume o melhor que puder.
         Ela me lança um último olhar confiante e se levanta, paga a conta e vai em direção á porta, mas antes de sair, ela se vira, tira seu casaco e o joga para mim.
-Boa noite, Demi! Sonhe com a sua vida como ela é agora e diga adeus à ela.
         Demoro um pouco até absorver o que acontece, até que uma garçonete me empurra para fora, volto para meu banco e me enrolo no casaco da mulher, me sentindo meio mal por não ter perguntado seu nome.
         A manhã seguinte não poderia ter amanhecido mais fria, mas não perco tempo, vou até uma lan-house, corro até o banheiro para tentar me arrumar um pouco.
         Lavo minhas mãos e rosto, penteio meus cabelos castanho-escuros com as mãos, minha pele está tão pálida que pareço um fantasma, coloco uma camiseta xadrez que levei quando fugi, uma calça desgastada e o casaco da mulher.
         A propriedade é do outro lado da cidade, de formas que demoro algumas horas para encontrar o local, minha barriga começava a ficar roncando novamente, até que chego ao local e não pude deixar de ficam impressionada.
         Era um castelo, ou pelo menos uma mansão enorme, com paredes negras, janelas estilizadas, uma porta prateada e bem polida, torres circulares em cada ponta da construção e enormes gárgulas, criatura humanoides com asas de morcego com garras afiadas e dentes pontiagudos, ocupavam cada canto disponível.
         A construção ocupava o meio de uma campina que acabava em um bosque para qualquer direção, exceto na direção do portão de entrada, onde muros negros e desgastados se uniam. 
         Fico contemplando por um bom tempo até que resolvo entrar, não há interfone, ninguém está de guarda e o portão está só encostado, engulo meu medo e sigo até as portas prateadas sem olhar para trás.
         Quando estou a poucos metros, as portas se abrem e a mulher de ontem está me esperando, não sei se me sinto melhor vendo um rosto familiar ou apreensiva por ela saber que eu vinha, ela está vestindo um sobretudo exatamente como o da noite anterior o qual estou vestindo agora.
-Demi!- Diz ela com seu sorriso confiante- Sabia que você vinha! Venha, pode entrar.
         Sua forma de saber o que vou dizer me deixa um pouco intimidada, mas aceno com a cabeça e entro sem maiores delongas.
         O hall de entrada é com toda certeza mais impressionante do que o exterior, tem um ar antigo, mas limpo, o chão e as parede são decorados com arenito branco com flores desenhadas com cobre, escadas levando para lugares diferentes, mas não vejo ninguém.
-Meu nome é Jessy- A mulher se apresenta, estranhamente esta era minha próxima pergunta- Seja educada com ele!
-Ele?
-Depois explicarei melhor, agora venha- Ela segura meu pulso e me arrasta para algum lugar.
         Fico tão impressionada com a riqueza das salas em que passamos que mal percebo quando ela para em frente a uma porta de madeira.
         Ela olha para mim sem esboçar seu sorriso confiante, ela me faz tirar seu casaco, prende meu cabelo em um rabo de cavalo com um elástico e limpa alguma coisa no meu rosto, eu não a impeço, pois tudo o que ela fez por mim até agora foi me ajudar, então ela deve saber o que faz.
         Mas mesmo assim, eu não aceitei nada, não sei o que vai acontecer, então todo o meu temor se une me deixando desesperada.
         Jessy percebe meu nervosismo e me abraça, não me sinto exatamente confortada, mas percebo outras características suas, ela tem um leve cheiro de nozes, sua pele é gelada e seus cabelos estão começando a ficar grisalhos, ainda sim, não consigo vê-la como uma pessoa ficando velha, ela deveria ser apenas alguns poucos anos mais velha do que eu.
-Relaxe, Demi! Tá tudo bem!- Ela se afasta um pouco e me olha nos olhos com um pouco de tristeza.- Me perdoe por isso.
-Isso o que?- Meu coração bate forte e minhas mãos suam.
         Ela abre a porta bruscamente e me empurra para dentro, caio no chão de madeira com um estrondo e tenho certeza que ela trancou a porta.
         Me levanto um pouco dolorida, observando a porta entalhada com desenhos de asas e ao mesmo tempo quase chorando por medo.
         Então me atrevo a me virar e olhar o aposento.
         Então enxergo outra figura, algo comum, mas perigoso.
         Algo como um predador, prestes a me atacar. 

5 comentários:

  1. WOW!
    Já amei!!!
    continuaaa pq eu to amando!
    vc é uma escritora maravilhosa, suas fics me encantam!!!
    bjus,
    xoxo

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  2. Desculpa ñ comenrar no último cap... eu ameeei o final. <3<3<3

    bom tbm ameeei esse primeiro cap !!! nossa que mulher estranha é essa ??? :(

    pooosta logoo

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  3. Nossa, amo esta historia, mas quem é mulher estranha??
    Posta logo
    beijos

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  4. AMEIII, vc me deixou curiosaaaa aaaaaaaahhhh posta logo sjbdkjbidsu

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  5. Amei o primeiro capítulo... Espero que o próximo capítulo seja postado o mais depressa possível...

    Bjs :D

    LtBabyLéé

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