sexta-feira, 31 de maio de 2013

Chapter Fourteen

          Já era de noite e todos nós já estávamos preparados para a fuga. Katie havia se oferecido para iniciar o incêndio, e todos concordamos.
Joe: Tente colocar o máximo de fogo que conseguir e derrame as bebidas no chão para se alastrarem rápido. Mas tenha muito cuidado.
Katie: Está bem. Me deseje sorte. _ ela me deu um abraço apertado e saiu do cômodo _
          Todos os homens dormiam durante a noite, pois pensavam que não conseguiríamos fugir. Deixavam a porta trancada e pensavam que era o suficiente. Com um pedacinho de ferro de achamos durante a tarde conseguimos deixa a porta aberta para facilitar.
          Esperamos uns dez minutos até que Katie voltou ao cômodo sorrindo. Ela carregava consigo um pedaço de madeira.
Katie: Trouxe para quebrarmos a janela.
Joe: Ótimo. Vamos.
          Do lado de dentro o chão era mais alto, o que deixava a janela mais baixa, mas eu era o único que a alcançava. Peguei o pedaço de madeira e bati na janela umas três vezes, e com a mão retirei com cuidado os pedaços que restaram.
Joe: Matt, vem. Você vai primeiro. _ o peguei em meu colo e o coloquei na janela _
Matthew: Papai, é muito alto. _ ficou com medo _
Katie: Vai na frente, Joe. Lá fora você ajuda todo mundo a descer. A gente se vira aqui dentro.
Joe: Tudo bem.
          Peguei impulso e atravessei a janela. Pelo lado de fora vi que o fogo já começara a aumentar e logo quase toda a cabana estaria em chamas. Agora era tudo ou nada.
Autora Narrando
          Uma a uma Joe foi ajudando a saírem da cabana. Tudo estava correndo bem até que ouviram dois barulhos que chamaram a atenção de todos que já estavam do lado de fora. O primeiro foi o estrondo do teto de um do quartos caindo. O segundo foi os gritos dos homens. Puderam ver alguns homens saírem pela porta da frente completamente em chamas.
          Mas então dois homens, que não estavam em chamas, conseguiram sair e avistaram eles tentando fugir. Foram correndo até eles. Joe, que era o único homem do lado delas, teve que as defender, então começou uma violenta luta de dois contra um.
          As mulheres então começaram a ajudar as poucas que ainda estavam do lado de dentro. Com um pequeno esforço tiravam cada uma. Matt só via a luta do pai, tentado ajudá-lo dizendo o que os outros homens fariam ou onde estavam.
          Aparentemente todos os outros homens, inclusive o chefe, haviam sido mortos pelo fogo ou pelo desabamento do telhado. Somente duas pessoas vivas estavam dentro da cabana. Demi e Katie.
Katie: Me ajuda a subir. _ Demi a ajudou, fazendo-a ficar sentada na janela, um passo do lado de fora _
Demi: Agora me puxa. _ demorou apenas alguns segundos, então Demi entendeu o olhar de Katie _
Katie: Você já causou estrago demais nessa vida.
Demi: Katie...
Katie: Joe já sofreu demais. Ele merece uma mulher melhor agora. _ sorriu _ Adeus Demi. Foi um prazer te conhecer.
          Então ela pulou a janela. Demi tentou alcançar a janela, mas seus esforços eram inúteis já que a janela era alta e ela era baixa. Tentou de várias formas alcançá-la, mas não tinha nada que pudesse ser usado com escada. Agora o fogo havia chegado à porta do cômodo e se alastrava pelo teto. Ela não tinha mais saída. Onde estaria Joe?
Joe Narrando
          Eu havia colocado o ultimo homem no chão quando Katie chegou ao meu lado ofegante falando para corrermos. Com a quantidade de álcool que ela havia derramado era capaz de qualquer hora a casa explodir. Todos nós começamos a correr até que Matt chega ao meu lado perguntando.
Matthew: Papai, cadê a mamãe?
          Eu parei, e todas pararam comigo. Corri os olhos pelo grupo de mulheres e o desespero me tomou quando não achei Demi entre elas. Só havia um lugar que ela poderia estar.
          Sem pensar em nada mais saí correndo em direção à cabana em chamas. Tudo pegava fogo e o resto que havia sobrado do teto poderia desabar a qualquer momento, mas não me importei. Dei um chute na porta de entrada e adentrei na sala.
          Como esperado, tudo destruído. A fumaça que estava ali dificultava minha visão e a adentrava em minha garganta, quase impossibilitando a respiração. Com um esforço achei a porta do cômodo em que estávamos.
        Ela estava quase toda em chamas. Com força dei um chute no meio da porta, fazendo-a cair no chão com um estrondo. Havia mais fumaça do que fogo naquele lugar e a visão estava impossível.
          A única luz que vinha era da janela e graças a ela consegui visualizar um braço no chão. Corri de encontro a ele e percebi que era mesmo Demi. Ela estava desmaiada. Peguei-a no colo e tratei de levantar. Com cuidado fui andando até encontrar a porta.
          Estava contornando a sala quando outro estrondo foi ouvido. Metade do teto da sala havia desabado e era uma questão de segundo até a outra metade desabar junto. Corri o máximo que pude até finalmente sair da cabana.
          Continuei correndo para longe dela com Demi ainda desfalecida em meus braços. Vi o grupo de mulheres logo a frente e Matthew corria até nós.
Matthew: Papai! _ a uma distancia segura da cabana em chamas, onde o resto do teto desabava, parei e sentei-me no chão _ A mamãe ta bem?
Joe: Eu não sei.
          Olhei para Demi em meus braços. Ela não dava nenhum sinal de acordar. A sacudi um pouco, tentando fazê-la acordar.
Joe: Demi, amor, acorda. _ passei a mão em seu rosto _ Meu amor...
          Acabei soluçando, deixando poucas lágrimas caírem. Ela não poderia me deixar. Eu preciso dela. Eu amo ela.
Xxx: Sopre ar pra ela.
Joe: Como é? _ perguntei a mulher que se pronunciara _
Xxx: Sopre ar, pela boca.
          Ainda meio atordoado fiz o que ela mandou. Abri a boca de Demi e coloquei a minha sobre ela, soprando todo o ar que podia. Fiz isso repetidas vezes até que ela começou a tossir. Deixei minha lágrimas, agora de felicidade, caírem livremente enquanto ela recuperava os sentidos.
Demi: Joe?
Joe: Estou aqui meu amor. _ sorri pra ela, que sorriu de volta _ O que aconteceu, por que não saiu de lá?
          Ela olhou para o nada, como se quisesse lembrar, então olhou para Katie sem falar nada. Coloquei ela sentada apoiada na árvore e me levantei.
Joe: Katie, será que pode me dizer quem foi a última pessoa que saiu de lá pela janela?
Katie: Joe, eu... Eu só... _ ela não sabia o que falar _ Fui eu.
Joe: E pode me dizer por que diabos deixou a Demi lá, hein?! _ elevei meu tom de voz _
Demi: Joe, calma. _ ela se levantou e segurou meu braço _
Joe: Como posso ter calma quando descubro que ela te deixou lá pra morrer?! _ falei deixando fluir cada vez mais minha raiva _
Demi: Agora não é hora nem lugar pra discutirmos isso. Precisamos sair daqui. _ vendo que ela tinha razão, tratei de me acalmar _ Já vai amanhecer. Temos que ver como vamos seguir viagem.
Joe: Todo bem. _ passei a mão no rosto e no cabelo _ Temos que conseguir comida.
Xxx: Podemos ir nas arvores de frutas. _ sugeriu uma mulher _ Todas nós sabemos caminho. Cansamos de ir lá.
Joe: Tudo bem. Vamos lá. _ segurei na cintura de Demi, que retribuiu segurando na minha também, e com a outra mão segurei a mão de Matt _
          Eu ainda tinha três camisetas na minha mochila. Como precisávamos levar comida, amarrei um dos lados de minhas blusas e usamos elas como sacos para levar as frutas. Depois de todos comerem, decidimos descansar um pouco.
         Fomos até o rio que haviam me levado no dia anterior. Tirei meus tênis e minhas meias e dobrei minha calça até o joelho. Demi também tirou seus tênis. Sentamos juntos na beira do rio com os pés na água. Matt brincava com uma das mulheres dentro da água.
Joe: Meu amor... _ chamei ela, que não olhou para mim _ Por que está me tratando assim?
Demi: Assim como?
Joe: Assim... Fria, indiferente... O que eu fiz?
Demi: Você não fez nada.
Joe: Então por que está assim? Por favor, me responda.
Demi _ bufou, mas depois respirou fundo _ Eu percebi o quão amiguinhos você e a Katie ficaram.
Joe: Como? Só nos conhecemos há poucos dias.
Demi: Mas isso não a impediu se sempre abraçar você.
Joe: Espera aí, tudo isso é ciúmes? _ sorri _
Demi: E se for mesmo, qual o problema? Você é meu marido. A única mulher que tem o direito de ficar assim tão próxima de você sou eu!
Joe: Claro que é. Isso é a pura verdade, mas queria que eu a afastasse bruscamente?
Demi: Não bruscamente. Mas poderia ter afastado. Nem deveria tê-la trazido junto, pra começo de conversa.
Joe: Entenda Demi, ela estava perdida e os pais tinham sido mortos. Eu não podia deixá-la lá para morrer, não é?
Demi: Estou vendo o quanto ela ficou arrasada com a perda dos pais. _ disse irônica _
Joe: Ei linda... _ cheguei mais perto e beijei seu pescoço _ Não precisa ter ciúmes.
Demi: Não mesmo? _ disse manhosa _ Não aconteceu nada entre vocês, não é?
Joe: Claro que não, meu amor. Você sabe que é a única mulher pra mim. Não era só porque estávamos distantes que eu ficaria com outra. Isso nunca.
Demi: Tudo bem. _ sorriu _ Me desculpa por ter desconfiado. _ me deu um selinho _
Joe: Ta tudo bem. Vamos aproveitar agora pra descansar. _ a beijei enquanto enroscava nossas pernas dentro d’água _ Vem. Vamos entrar.

          Puxei-a comigo para dentro do rio, que era raso, e começamos a brincar e aproveitar. Matt logo se juntou a nós e ficamos ali boa parte da manhã aproveitando esse raro momento de alegria nessa época de desespero.

Próximo...

Heey meninas!!!! Como vão minhas tortuguitas? (apelido carinhoso que estou dando a voces :D)  O que acharam desse capítulo? Finalmente eles conseguiram sair da cabana né kkkk Querem dar seus palpites sobre o que vai acontecer a seguir? Não, melhor, porque não dizem o que acham que o Joe vai fazer a respeito do que a Katie fez com a Demi? Quem acertar ou der o palpite mais próximo do que vai acontecer ganha um capítulo dedicado!!!!
Beijos minhas tortuguitas~

sábado, 25 de maio de 2013

Chapter Thirteen


          Com a chegada de Matthew e Katie, o tal chefe decidiu repensar os planos do que iria fazer conosco. Enquanto pensava, ele nos deixou presos na mesma sala onde estavam todas as mulheres.
          Durante algumas horas, alguns homens ficaram de guarda, para que eu não me mexesse, mas sabendo que não tinha utilidade isso, que não havia nenhum jeito de fugir, eles foram embora. Assim que saíram, fui para perto de Demi, que tinha dormido. Katie estava num canto mais afastado e Matthew dormindo. Assim que toquei o braço de Demi, ela acordou.
Demi: Joe... _ ela sussurrou sorrindo e agora com lágrimas caindo de seus olhos _ Você veio me salvar! Você não se esqueceu de mim.
Joe: Como poderia me esquecer de você? _ limpei suas lágrimas com o polegar e beijei sua testa _ Eu te amo.
Demi: Eu também te amo.
         Então nos beijamos. Foi a melhor sensação que já senti. Tanto tempo longe dela e agora podia beijá-la. O beijo foi lento e doce. Um dos mais significativos que já demos. Quando nos separamos ela estava com a mão em minha cabeça, acariciando meu cabelo curto.
Demi: Pensei que nunca mais iria te ver.
Joe: Eu não te deixaria. Não seria capaz. _ a abracei _ Quase fiquei louco quando voltei a flat. E quando vi as fotos que você tirou, fiquei com mais raiva anda desses homens.
Demi: Eu sabia que você as veria. _ se aconchegou em meu abraço _ Tentei fugir ou me esconder com Matthew, mas eles chegaram de surpresa. Não pude fazer mais nada.
Joe: Foi bom você não ter tentado mais nada. Poderiam ter machucado vocês dois.
Demi: Como você encontrou Matthew?
Joe: Ele estava na África do Sul mesmo. Procurei nos três campos de refugiados que tinha lá, mas não encontrei vocês. Sol me disse que tinha outro lugar que era um tipo de campo, então o  encontrei lá.
Demi: Sol?
Joe: Era o piloto do helicóptero que Bill mandou para me ajudar a achá-los. Sol infelizmente morreu a dias atrás. Então Matt e eu tivemos que continuar a pé.
Demi: Vocês devem ter sofrido.
Joe: Não mais do que você aqui. Por favor, me diga que não machucara você de algum jeito. _ pedi segurando sua mão _
Demi: Não se preocupe, meu amor. O máximo que eu fiz foi limpar e limpar.
Joe: E nosso bebê, como está?
Demi: Eu sinto que ele está bem. Não tive nenhum sangramento.
Joe: Pelo menos uma notícia boa. _ sorriu e a beijei mais uma vez _ Mas agora temos que ver como sairemos daqui.
Demi: Amor, eu já aceitei que não tem mais saída. Infelizmente acabou.
Joe: Não Demi. Não acabou. Nós vamos sair daqui.
Demi: Mesmo se conseguíssemos, como iríamos sobreviver lá fora? Iríamos morrer de fome ou esses homens iriam nos alcançar com seus carros.
Joe: Querida, nesse tempo que estive perdido com Matt te procurando aprendi muitas coisas, e uma delas é não desistir. Eu não vou sentar e esperar pra morrer e não vou deixá-los machucar você e o Matt. Nós vamos sair daqui. Se caminharmos dois dias na direção leste vamos achar um vilarejo, onde eu já estive e me deram ajuda. De lá procuramos uma grande cidade ou algum meio de comunicação para conseguirmos falar com Bill.
Demi: Mas como vamos sair daqui e dentro e do campo de visão desses homens?
Joe: Ainda estou pensando nisso. Mas não se preocupe. Cuidarei de tudo. _ beijei sua testa e a aconcheguei melhor em meu abraço _ Agora durma. Precisa descansar.
Demi: Só me diga uma coisa antes. _ esperei ela falar _ Quem era aquela mulher que pegaram junto com o Matt?
Joe: Ela é a Katie. Achamos ela enquanto estávamos perdidos. Ela seguiu viajem conosco para não ficar sozinha.
Demi: Hum. Não fui muito com a cara dela. _ ri um pouco _
Joe: Só você mesmo, meu amor.
          Me aconcheguei com ela e tentei pegar no sono. Infelizmente não era tão fácil para mim. Estava totalmente alerta para o caso de alguém entrar aqui e tentar fazer algum mal para Demi ou Matt.
(...)
          Pela pequena e alta janela daquele cômodo notei a claridade e percebi que estava no começo da manhã. Senti Demi se mexer um pouco e, depois de alguns segundos, levantar o rosto para me olhar.
Demi: Bom dia. _ murmurou sonolenta _
Joe: Bom dia. _ beijei seu nariz _ Dormiu bem? _ ri de minha própria pergunta. Estávamos presos e podendo morrer a qualquer momento. Claro que ela não dormiu bem _
Demi: Por mais incrível que pareça, é a primeira noite que cosigo dormir bem e tranquila nesse inferno. Tudo porque estou nos seus braços.
Joe: Meu amor, eu... _ fui interrompido _
Katie: Joe, será que podemos conversar?
Joe: Claro. Já volto meu amor. _ beijei a testa de Demi e me levantei, afastando-me com Katie _ Pode falar.
Katie: Eu fiquei pensando durante a noite e tive uma ideia. Montei um plano na minha cabeça que tem 50% de chances de dar certo e 50% de dar errado.
Joe: Qual é? _ perguntei curioso _
Katie: Na sua mochila, naquela maleta de emergência, tinha um isqueiro. Aqui dentro está cheio de madeira, bebidas com álcool e coisas que se incendiariam fácil.
Joe: Espera, está sugerindo que botemos fogo neste lugar?
Katie: É uma boa chance pra fugirmos. Colocaríamos fogo à noite, quando todos estiverem dormindo e fugiríamos em direção a vila.
Joe: Mas não sei onde está o isqueiro. Acho até que perdemos as mochilas.
Katie: Na verdade não. Os homens pegaram seu filho e eu, mas não pegaram as mochilas. Elas ficaram debaixo de uma planta.
Joe: Katie, isso é incrível! É o melhor plano que eu já ouvi! _ sorri entusiasmado _
Katie: Obrigada! _ então ela me abraçou. Abracei-a de volta e depois de alguns segundos nos separamos _ Vou voltar a sentar.
Joe: Okay. Também vou. Depois conversamos mais sobre o plano.
Katie: Tudo bem. _ foi se sentar _
          Assim que ela se distanciou fui voltando para perto de Demi. Ela estava com Matthew no colo. Conversavam animadamente. Sentei-me ao lado deles e tratei de me interar da conversa.
Matthew: Né que nós pulamos do helicóptero direto pro rio, papai?
Joe: Foi sim.
Matthew: A gente pulou mamãe, mas quando saímos da água o nosso amigo dormiu e não quis acordar mais. O papai disse que ele tinha ido pro céu e virado um anjo. _ Matthew teve uma carinha triste enquanto contava isso e eu não pude conter minha tristeza relembrando da morte de Sol _ Um tempo depois disso a gente encontrou a Katie.
Demi: Ah sim, a Katie. _ murmurou seca _ Você foi muito corajoso, filho. Mamãe está orgulhosa de você.  _ o beijou no cabelo _
Matthew: E meu irmãozinho? Ele ta bem?
Demi: Ta sim. Assim que sairmos daqui ele...
          Demi fora interrompida pelo barulho da porta sendo aberta com força. Do lado de fora estava um homem armado.
Xxx: Todos saiam.
          Assim que ele falou, todas as mulheres começaram a se levantar. Conosco não foi diferente. Ajudei os dois a levantarem e seguimos o caminho até a empoeirada sala de estar.
Xxx: Todas as mulheres vão colher frutas. Voltem apenas com o cesto cheio.
          Vi todas as mulheres, inclusive Demi e Katie, seguirem para a porta, onde cada uma recebeu um cesto médio feito de palha. Três homens seguiam com elas para o lado de fora. Matthew e eu ficamos ali na sala.
Xxx: Você, garoto... _ aponto pra Matthew e senti ele ficar com medo _ Vai apanhar lenha pra nossa lareira. E você... _apontou para mim _ Vai para o rio de diamantes.
          Fomos seguindo para o lado de fora. Enquanto o homem procurava alguém para e acompanhar até o tal rio, me abaixei e falei para Matthew.
Joe: Filho, você sabe onde a Katie deixou nossas mochilas?
Matthew: Sei sim papai.
Joe: Então vamos fazer o seguinte. Enquanto estiver pegando a madeira, você vai até a mochila do papai naquela maleta laranja e pega o isqueiro prata, entendeu?
Matthew: Entendi.
Joe: E tente não chamar atenção. _ me levantei rápido assim que vi o homem voltando _
          O guarda me levou até o rio e me deu uma peneira. Minha tarefa seria procurar diamantes. Deixei meu tênis e minhas meias um pouco longe da beira e dobrei minha calça até o joelho.
          Assim que entrei na água comecei a procurar. Estava difícil, pois tinha um sol escaldante fritando minha cabeça e eu nem tive café da manhã, mas eu passava água na nuca e no rosto para aliviar um pouco o calor.
          Os diamantes que eu achava eram pequenos, e eu os colocava num saquinho amarado ao meu cinto. Mas então apareceram duas coisas maiores. Eram duas pedras grandes de diamante. Olhei pelo canto do olho o guarda. Ele olhava pelas redondezas. Então rapidamente coloquei as duas pedras em meu bolso da frente.
          Continuei meu trabalho até o sol escaldante do meio-dia. Aparentemente teria tempo para um almoço. Sequei meus pés rapidamente e calcei o tênis.
          Quando voltei para o nosso cômodo na cabana, todas as mulheres e Matthew estavam lá, já com um prato em mãos. Sentei-me entre Demi e Katie e peguei um prato. Assim que o guarda saiu fechando a porta, Matthew me entregou o isqueiro. Mostrei-o para Katie e ela sorriu. Guardei-o no outro bolso da frente.
Joe: Temos que contar para todos. Essa é a melhor hora.
Katie: Tem razão. Vamos contando de um em um, para não faze barulho.
          Contamos para todas as mulheres, uma de cada vez. Felizmente todas apoiaram a ideia. Mal podiam esperar o dia de deixar este inferno em que viviam.
Joe: Entendeu tudo, meu amor? _ perguntei a Demi _
Demi: Sim. _ respondeu seca _
Joe: Está tudo bem?
Demi: Por que não estaria?
Joe: Dem, por que está agindo assim comigo?
Demi: Por nada, Joseph.
          Vendo que não conseguiria extrair mais do que cinco palavras dela no momento, calei-me. Precisava agora me concentrar no plano que poderia nos tirar daqui.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Chapter Twelve

OOOOOOOOOOOOOI Pessoas!!!! Eu to MUITO feliz!! Comprei o meu DEMI hoje!! Como eu ainda não tinha escutado as músicas foi tipo uma surpresa pra mim!! Quais músicas são as preferidas de voces??? Das mais lentas, a minha preferida é In Case (amo *-*) e das mais agitadas to entre Really Don't Care e Something That We're Not!!!! Vo postar um capítulo pra brindar a minha felicidade!! Lembram que eu disse que voces talvez iriam gostar do capítulo doze?? Então leiam e me digam o que acharam!! Beijos~

Joseph Narrando
          E quando eu achei que estava perdido, com os suprimentos já acabando, consigo avistar algo no horizonte. Uma cabana. Um simples e velha cabana, mas já é alguma coisa. Talvez estejamos perto de alguma cidade.
          Fui chegando mais perto tendo esperança de encontrar alguma coisa boa, mas logo me jogo para o chão levando Katie e Matthew comigo. Havia um homem armado na porta.
          Ao pensar nisso, tudo se clareou. Bill havia dito que havia uma sede secreta da F.R.U. em Serra Leoa. É claro que era ali. Era o lugar perfeito. Isolado e onde ninguém pensaria em procurar.
          Demi só pode estar aí. Tenho que salvá-la. Mas como? Como vou conseguir passar por homens armados sem nenhuma proteção?
Katie: Joe, vamos embora!
Joe: O quê? Não! Demi pode estar aí.
Katie: Como pode ter certeza?
Joe: Eu apenas sinto isso.
Katie: Joe não podemos arriscar nossas vidas apenas pela sua intuição. Devemos sair daqui enquanto ainda há tempo.
Joe: Não. Eu não vou deixar esse lugar sabendo que a Demi pode estar ali dentro. _ enfatizei o não para ela entender que nada me faria sair dali _
Matthew: Papai, como é que a gente vai entrar ali dentro?
Joe: Somente eu vou entrar ali, filho. Katie, já que você não quer ir lá, fique aqui com Matthew. Eu entro lá e faço o que tem que ser feito.
Katie: Joe, não! Eu não posso deixar você fazer isso. É a mesma coisa que suicídio.
Joe: Se for preciso para salvar minha esposa, eu faço.
Katie: Será que não dá pra você colocar nessa cabeça que ela ta morta?! _ isso bastou para me deixar totalmente irritado. Segurei em seu pulso com força e olhei diretamente em seus olhos, demonstrando minha raiva _
Joe: Nunca mais repita isso. _ falei pausadamente _ Ela não esta morta.
Katie: Vamos acabar com isso, Joe. Vamos sair daqui. Fugir. Podemos recomeçar nossas vidas longe desse lugar, desses problemas. Ainda há salvação pra nós.
Joe: Fique aqui com Matthew. _ falei ignorando totalmente o que ela disse _ Eu vou entrar lá e trazer Demi de volta. Não saiam daqui e tentem não chamar nenhuma atenção. _ me virei pra Matthew _ Fica aqui, ta campeão?
Matthew: Papai, você disse que ia me deixar te ajudar a salvar a mamãe.
Joe: Você vai estar ajudando se ficar aqui, filho. Eu só vou conseguir salvar sua mãe se souber que você está mais seguro aqui.
Matthew: Mas papai... _ o interrompi _
Joe: Matt, por favor, não discuti com o papai.
Matthew: Tudo bem. _ disse um pouco triste _
          Dei um beijo em sua cabeça e me distanciei, indo para os fundos da cabana. Não havia nenhum guarda ali. Certamente eles pensavam que, como o lugar era totalmente isolado, um guarda para vigiar a entrada bastava.
          Ao chegar próximo da parede dos fundos me encostei a ela e me abaixei, para não poder ser visto por ninguém.  As plantas que, ao passar do tempo, cresceram nas paredes dificultavam um pouco minha tentativa de não fazer nenhum barulho, mas ninguém ouviu.
          Conforme fui me movendo, achei uma janela. Algumas partes estavam quebradas e todo vidro estava sujo. Olhei para o chão e vi um dos cacos quebrados. Era pontiagudo e afiado. Por via das dúvidas o guardei no bolso e voltei minha cabeça para a janela. Tudo o que eu conseguia ver era o cômodo todo sujo com móveis velhos e quebrados. Havia dois homens na pequena sala. Um estava aparentemente drogado e outro estava bebendo e agarrado com uma mulher.
          Tive certeza que não era Demi, pois o tom de pele desta mulher era bem mais escuro que o dela. Depois desta janela, só havia pequenas janelas altas. As outras baixas estavam no ponto de visão do guarda.
          Peguei um toco de madeira que estava próximo e silenciosamente o coloquei perto da parede. Subi e olhei pela janela. Uma agonia me tomou diante da cena que vi. Sol estava certo. Havia uma mulher, desconhecida para mim, naquela sala. Ela estava chorando agoniada com a mão na barriga, totalmente ensanguentada.
          Não querendo ver mais a cena e me sentindo culpado por não poder ajudar, movi o toco para outra janela alta e olhei para dentro. Era uma sala maior e havia várias mulheres dentro dela. Umas estavam dormindo, outras comendo a comida, aparentemente, horrível que tinha e outras somente sentadas pensando.
          A chama do meu coração se ascendeu e a esperança voltou a reinar. Eu estava vendo-a. Era ela, eu não tinha dúvidas. Minha Demi. Ela ainda estava com as roupas de quando foi pega. Um short jeans claro e uma regata branca. A única diferença era que agora estavam um pouco sujas.
          Ela estava encostada em uma parede, olhando para o nada e acariciando sua barriga. Nosso bebê. Ele anda está vivo, e ela sabe disso.
          Sabendo que tinha que fazer alguma coisa, desci do toco e procurei algum galho de árvore caído que fosse duro o bastante para se usar como arma. Assim que achei, fui me aproximando cada vez mais da entrada.
          Quando cheguei perto do guarda, que estava de costas para mim, e o acertei nas costas. Ela caiu, mas logo se levantou novamente e virou em minha direção. Antes que ele pudesse puxar o gatilho golpeei-o novamente, agora no rosto, deixando-o desacordado. O coloquei por entre as plantas e peguei sua arma.
          Tentei entrar em silencio na casa. O primeiro cômodo estava totalmente silencioso e vazio. Fui andando com cautela analisando tudo. Estava tudo bem, mas então surgiu um homem ao meu lado. Ele foi mais rápido e me desarmou, jogando a arma para longe, então começamos uma luta corpo a corpo.
          Mais homens começaram a vir. Dois deles seguraram meus braços enquanto o outro começava a me bater. Levei vários socos e chutes até um dos homens pegar minha carteira e falar.
Xxx: Olha isso aqui chefe!
Chefe: Hum, deixe-me ver... _ pegou minha carteira e a abriu _ Ora, ora, ora! Que surpresa! Vocês dois. _ apontou para uns homens _ Tragam aquilo. _ eles saíram _
          Nessa hora todos os homens estavam olhando para ele. Aproveitei a distração de todos e me soltei dos homens, dando um soco no homem que me batia á segundos atrás, fazendo-o cair no chão. Peguei numa arma e estava pronto para atirar até que o tal chefe fala.
Chefe: É melhor você não fazer isso. Se você atirar, nós atiraremos também.
          Então eu vi. Demi estava ao lado dele, ajoelhada e sendo segurada por um homem. Mas o pior era a arma que estava apontada para sua cabeça.
Joe: Demi... _ falei um pouco mais alto que um sussurro. Pelo silencio que havia se instalado, ela conseguiu ouvir e levantou sua cabeça, olhando pela primeira vez para mim _
Demi: Joe... _ ela falou com um sorriso e lágrimas nos olhos. Fora tentar se mexer em minha direção, mas colocaram a arma mais contra ela, o que a fez recuar _
Chefe: Você.  _ apontou pra mim _ Largue a arma. _ sem opção, a larguei. Em seguida dois homens me seguraram, ajoelhando-me também _ Muito corajoso da sua parte querer nos enfrentar, sendo que não haveria dúvidas que o mataríamos. Mas me diga, o que ela é sua? Irmã, namorada ou o que? Deve ser importante pra você vir até aqui por ela. _ passou a mão do rosto de Demi, que se esquivou _
Joe: Tire as mãos dela! _ falei com raiva _
Chefe: Calma, não precisa ficar com raiva. _ virou-se para Demi _ Diga-me você então o que ele é seu. _ Demi não respondeu, então ele seguro seu rosto com força, me deixando com mais raiva _ Me diga! _ ela olhou para mim que assenti em concordância _
Demi: É meu marido.
Chefe: Oh, que comovente. O marido fiel e louco de amor vem salvar a esposa sequestrada pelos homens maus. _ veio até mim _ Sabe que seu esforço foi em vão, não sabe? Vamos matá-la de qualquer jeito e depois matar você. _ um sorriso diabólico iluminou seu rosto _ Eu a estava guardando para o final, mas posso adiantar agora. _ vendo minha confusão, ele explicou _ Vou deixar cada um dos homens fazer o que quiser com ela, bem na sua frente, depois vamos matá-la da maneira mais brutal. Mas acho que vou deixar você vivo, para viver com a culpa. Viver com a dor de saber que não conseguiu salvá-la.
          Eu estava, resumidamente, espumando de raiva. Se não estivesse sendo segurado, já teria partido a cara deste canalha. Estava pronto para fazer isso, mas a porta se abriu e um homem entrou.
Xxx: Olha o que achamos lá fora, chefe. _ ele deu espaço e entraram dois homens. Um segurando Katie e outro Matthew. Meu coração quase falhou _ Estavam se escondendo lá fora.
Demi: Matt! _ ela sorriu _
Matthew: Mamãe! _ ele tentou ir até ela, mas também não conseguiu _
Chefe: Nossa, até um filho vocês têm! Isso realmente me surpreendeu.
Joe: Solta ele!
Chefe: Mas pra que? Agora sim vai ter mais diversão!
          Eu estava ferrado. Todos nós fomos pegos, e não consigo fazer mais nada. Acho que agora realmente acabou. Posso até morrer, mas pelo menos vou morrer sabendo que fiz tudo o que podia para salvar o amor da minha vida.

sábado, 18 de maio de 2013

Chapter Eleven


Hey gente!!! Como é que ta? Então, mais um capítulo prontinho pra vocês. Sabem, acho que vocês irão gostar do capítulo doze quado eu postar ele. Ficou bem dahorinha. Beijos~

Autora Narrando
          Sentados à mesa do café da manhã, estavam Joe, Matthew e os habitantes da vila. Comiam todos tranquilamente. Depois de alguns minutos do começo da refeição, Katie sentou-se ao lado de Joe.
Katie: Então Joe, sabe o que vai fazer?
Joe: Em relação a que? _ perguntou depois de um gole de seu café _
Katie: A essa busca quase impossível que você quer fazer. Ainda acha que vale mesmo a pena? Você pode até morrer, se duvidar.
Joe: Tem seus riscos, mas eu não vou desistir. Você sabe o porque.
Katie: Sei, mas ainda acho que deve pensar melhor, ou pelo menos se preparar um pouco.
Joe: Me preparar?
Katie: É, você sabe. Vai ser uma viagem longa ainda e com certeza cansativa. Vai precisar levar várias coisas pra conseguir sobreviver.
Joe: É, acho que tem razão. A tarde vou começar a me preparar. Quero partir amanhã de manhã.
Katie: Já?
Joe: Todo o meu tempo é precioso. Demi pode estar em perigo a qualquer momento.
Katie: Demi?
Joe: Ah, eu não tinha te falado. Demi é o nome da minha esposa.
Katie: É um nome estranho. _ fez careta _
Joe: Na verdade é Demetria. Demi é o apelido. E compreendo que seja estranho aqui.
Katie: Bom isso não importa agora. Me prepararei de tarde também.
Joe: Irá com a gente? É perigoso e pode não ter mais volta.
Katie: Bom, eu não conheço ninguém daqui. _ mentiu _ Ir com você é minha melhor escolha. Se você deixar, claro.
Joe: Tudo bem. _ voltou ao seu café _
(...)
          Infelizmente não consegui falar com Bill, pois não havia nenhum sinal naquela região. Mas eu esperava por isso. Amanhã eu voltaria a viagem e torceria para não ser muito perigosa.
(...)
          Eu estava pronto. Consegui arrumar suprimentos para a viagem com as pessoas do vilarejo. Não durariam por muito tempo, eu sabia, mas era o que conseguiríamos carregar e alimentos que não estragam fácil.
Joe: Tudo pronto filho? _ perguntei ao Matthew quando entrei na cabana em que havíamos passado a noite.
Matthew: To pronto.
Joe: Não queria que você passasse por isso, mas não posso e não vou deixar você aqui. _ disse me abaixando pra ficar da sua altura _ Mas também vejo que será muito arriscado, principalmente pra você.
Matthew: Eu vou ajudar a salvar a mamãe, papai. Você vai ver.
Joe: Eu sei que vai. _ sorri fraco _ Agora temos que ir.
         Matthew colocou sua mochila e eu coloquei a minha. Katie já nos esperava do lado de fora.
Katie: Eu estou pronta, e vocês? _ disse e, por mais incrível que pareça, parecia animada _
Joe: Estamos sim. Está na hora de partir. _ agradecemos e nos despedimos das outras pessoas e seguimos para oeste _
Dois dias depois
          Arrependimento mata? A mim está começando a matar. Não tenho nada contra a África, mas maldita seja a hora em que aceitei vir para cá. Agora eu poderia estar nos braços da minha morena fazendo coisas mais interessantes, mas nem sempre se tem o que deseja.
          E se pensaram que não poderia piorar, estavam errados. Desde que saímos do vilarejo, Katie vem constantemente se aproximando de mim. Sempre buscando assunto e coisas do tipo.
Katie: Então Joe, como é sua casa lá na América?
Joe: Hum,ela é grande. Tem dois andares. No andar de cima tem quatro quartos e um banheiro. Dois dos quartos são suítes. No andar de baixo tem uma grande cozinha e a dispensa perto, um escritório, um banheiro e tem a grande sala de estar que é perto a copa. Na parte dos fundos temos uma academia, uma piscina e um grande jardim. E mais para final do terreno há o espaço da churrasqueira e um pequeno depósito.
Katie: Uau! Deve ser linda essa casa. Seria um sonho morar nela.
Joe: É. Pode ser.
Katie: Eu sempre quis conhecer a América. Os Estados Unidos deve ser incrível! Principalmente Nova York.
Joe: É sim. Tenho certeza que iria adorar se fosse a passeio lá.
Katie: Na verdade, não estou pensando em ir somente a passeio. Como meus pais estão mortos, não vejo mais motivos para ficar aqui. Poderia ir morar em qualquer lugar que eu quisesse.
Joe: Bom, aí vai de sua opinião.
Katie: Meu sonho é ser modelo! Nova York seria perfeita para mim. Lá minha vida estaria feita. Quem sabe até eu não achasse um homem bom para mim. _ disse e percebi seu olhar me sondando _
Joe: Nova York é mesmo muito boa. É uma cidade de oportunidades, junto com Los Angeles.
          Para minha sorte e descanso mental, Katie ficou calada durante uma ou duas horas. Era difícil saber as horas e seria impossível se eu não tivesse meu relógio de pulso ainda funcionando.
(...)
Autora Narrando
          Num local desconhecido por muitos, mas aclamado por outros, o alvoroço acontecia. Bebedeira, brigas e tudo de ruim acontecia. Um homem procurava avisar seu chefe.
Xxx: Chefe, não sei se poderemos deixar ela pra depois.
Yyy: Se eu disse que ela fica por último, ela fica por último.
Xxx: Mas o senhor não está entendendo. Ela parece fraca demais. Se esperarmos muito mais tempo provavelmente não dará para nos divertirmos nem um pouco.
Yyy: Ugh, está bem. Dois dias. Daqui a dois dias será a vez dela. _ sorriu maleficamente _
(...)
          “Eu ouvi. Eu ouvi tudo. Não há mais chance para mim. Eu não posso deixar isso acontecer. Eu não vou deixar isso acontecer. Não importam as consequências, pois agora nada tem um significado. Minha vida não tem mais salvação. Acabou para mim.”

terça-feira, 14 de maio de 2013

Chapter Ten


_ Estou tão cansada! _ exclamou a jovem garota se jogando no sofá do saguão.
_ É isso que da quando você irrita um esquilo e tem que fugir dele correndo por quase todo o campus. _ disse e riu o belo rapaz, sentando-se na ponta do sofá.
_ Você viu que foi ele que começou, Joe!
_ Aham, claro. _ disse debochado e sentiu um pequeno chute na perna _ Ei! Por que fez isso?
_ Pra você aprender que não se deve debochar de mim!
(...)
_ O que eu faço, Joe? _ ela perguntava desesperada.
          Os dois estavam em um canto afastado da biblioteca, tentando conversar o mais baixo possível. Demi encontrava-se desesperada, pois haveria um baile na faculdade e o menino que ela gostava ainda na havia convidado-a.
_Simples, não faz nada. _ disse ele tranquilamente.
_ Como posso não fazer nada? Ele nem tentou vir me convidar, como posso saber se ele gosta ou não de mim?
_ Você acha que ele gosta de alguma das garotas com quem ele sai? Ele não passa de um idiota.
_ Mas acontece que é desse idiota que eu gosto e é com ele que eu quero ir no baile!
_ Não faz diferença alguma com quem você vai. É só uma festa idiota, igual as do colegial. Não deveria se preocupar tanto.
_ Para mulheres essas festas são importantes sim, está bem? _ disse um pouco menos desesperada _ Você bem que poderia me ajudar, não é?
_ Ajudar no que? _ Joe disse um pouco entediado.
_ Poderia ver se o Bryan está afim de mim e dar um empurrãozinho pra ele me chamar pro baile!  _ disse toda entusiasmada.
_ Você realmente acha que eu vou fazer isso? Eu não sou cara de bancar o cupido.
_ Ah, por favor, Joey! _ disse o abraçando pela cintura e enchendo sua bochecha de beijos _ Por favor! Por favor! Por favor!
_ Não, Demi. E é melhor parar com isso. _ disse tentando afastá-la. Se ela continuasse com aquilo ele poderia fazer algo do qual se arrependeria.
_ Não vou te largar até prometer que vai me ajudar! _ o abraçou desta vez pelo pescoço e continuou os beijos pela mandíbula até a orelha. Depois de um tempo, Joe suspirou e disse o que ela queria.
_ Ta bom. Eu te ajudo. _ revirou os olhos.
_ AH! Eu te amo Joe! _ pulou no colo dele.
_ Ta, ta. _ se soltou dela _ Vou me odiar por isso. _ e saiu da biblioteca.
(...)
_ Não acredito que você fez mesmo isso! _ exclamou Luke para Joe. Os dois conversavam em seu dormitório.
_ O que ele fez? _ perguntou Jared que entrou no quarto quando Luke falou.
_ Esse idiota ajudou a garota que ele gosta a sair com outro!
_ Não precisa ficar contando pra todo mundo o que eu fiz. _ resmungou Joe _ Foi melhor assim.
_ Melhor? _ Luke estava incrédulo _ Acabou de diminuir mais ainda suas chances com ela!
_ Mas o que foi que ele fez, afinal? _ perguntou Jared se sentando.
_ Ajudou a Demi a ser convidada para o baile pelo Bryan.
_ Cara, você é mesmo um burro! _ exclamou mais alto ainda Jared _ Que tipo de cara apaixonado é você?
_ Quem disse que eu to apaixonado? _ perguntou Joe.
_ Qualquer um vê que você é apaixonado pela Demi, menos ela. O que tava passando pela sua cabeça quando concordou em ajudá-la?
_ Olha, ela tava praticamente implorando, e daí começou a beijar meu rosto sem parar e a me abraçar. Eu não pude dizer não.
_ Você é um molenga mesmo. _ disse Luke _ Deveria tê-la agarrado naquela hora e dizer tudo o que sentia.
_ Não iria adiantar. Ela gosta do Bryan e disse isso na minha cara. Então foi melhor eu ter feito o que fiz e deixado-a feliz.
(...)
          Alguém batia incansavelmente na porta de Joe. Ele era o único daquele quarto que tinha o sono leve e agradeceu por isso quando abriu a porta e viu que era Demi. Ela ainda estava com o vestido do baile e a maquiagem em seu rosto estava borrada.
          O baile havia sido naquela noite, mas Joe e seus colegas de quarto não foram. Achavam uma bobeira e preferiram ter uma “noite de garotos” ao invés de irem ao baile.
_ O que aconteceu, Demi? _ Joe perguntou vendo o estado em que ela estava.
_ Por que você não foi, Joe? Justo hoje você decide me abandonar? Eu preciso tanto de você! _ o abraçou, nem ligando que ele estava apenas de bermuda. As lágrimas dela molhavam o peito dele, que retribuiu o abraço imediatamente.
_ Ei, ei. Me diz o que aconteceu. _ falou baixinho no ouvido dela a puxando para o corredor, onde não teria ninguém para ouvir qualquer coisa que eles dissessem.
_ Ele... Ele fez... Nossa, eu sou tão idiota! _ dizia chorando e soluçando.
_ O que aconteceu princesa? Quem é ele? _ sentou-se com ela em seu colo no banco que havia no corredor.
_ Bryan... _ ela disse ainda com dificuldade.
_ O que aquele idiota fez? _ Joe sentiu os nervos já se tencionando de raiva, mas os relaxou para não afetar Demi _ Pode dizer só quando estiver mais calma, se quiser.
          Alguns minutos se passaram e Demi parou de chorar. Ela se arrumou no colo de Joe e se endireitou, de modo que pudesse olhar para o rosto dele. Sua expressão agora continha raiva.
_ Ele me humilhou. Depois de me beijar na festa ele foi para fora dizendo que queria “tomar um ar”. Eu o fiquei esperando por quase uma hora. Quando decidi procurar o vi nos fundos do salão bebendo com os amigos e agarrado com duas garotas. Quando cheguei perto e ele me viu começou a rir e ficou dizendo para os amigos “olha lá a idiota apaixonada”. Todos começaram a rir e zombar de mim. Não aguentei e comecei a chorar. Então vim pra cá.
_ Eu vou acabar com esse idiota! _ fui tentar me levantar, mas ela me impediu.
_ Não! Fica aqui comigo, por favor! _ o olhar de tristeza dela estava de volta _Eu quero você aqui comigo. Não me deixa.
_ Não vou te deixar, princesa. _ beijei seus cabelos _ Está tudo bem agora. Você está comigo.
(...)
          Depois do triste episódio da noite do baile, algumas coisas mudaram para Demi. Ela não ligava mais para Bryan. Começou a prestar atenção em outro alguém. A uma pessoa que realmente se preocupava com ela.
_ Meninas, será que ele gosta mesmo de mim? _ perguntava Demi às amigas Miley e Selena, insegura _ Gostar de mim ele gosta, mas não sei se é “daquele” jeito.
_ Demi, eu tenho certeza que sim. Todo mundo já via isso, só você que não. _ Miley disse.
_ Eu concordo com a Miley. _ falou Selena _ O Joe é louco por você! Não há um que não veja!
_ Então por que ele nunca me disse?
_ Talvez medo de perder sua amizade.
_ É, e também por causa do baile. Obviamente que ele não ia querer falar depois de você quase implorar pra ele falar com o Bryan. _ lembrou Miley.
_ Me sinto tão arrependida por aquilo.
_ Agora não adianta mais. _ avisou Selena _ Mas você ainda pode acertar as coisas com o Joe.
_ Mas eu ainda nem sei o que realmente sinto por ele. Está tudo tão confuso.
_Está obvio que está apaixonada por ele. Tudo o que nos falou mostra isso.
_ Ta, admito que estou apaixonada mesmo, mas como vou contar pra ele? _ perguntou Demi _
_ Espere um bom momento, quando estiverem sozinhos. E tente não ficar nervosa. _ aconselhou Selena _ Tudo vai se ajeitar.
(...)
          Estava uma noite chuvosa. Praticamente todos os alunos da faculdade dormiam, menos dois. Demi e Joe estavam acordados, cada um em seu quarto. Os dois revirando pela cama tentando dormir, sem nenhum sucesso.
          Joe então entendeu o porque de estar tão inquieto. Ele não poderia mais esperar. Não podia ficar mais nenhum segundo sem dizer a Demi o que sentia. Ele necessitava se declarar, e seria agora.
          Vestiu uma calça jeans, um tênis e uma camiseta e saiu do dormitório. Chovia muito do lado de fora, mas ele não ligou, fora indo mesmo assim. Já estava encharcado quando chegou ao prédio do dormitório de Demi e, para piorar, o quarto que ela dividia com as amigas ficava no segundo andar.
          Pela árvore que tinha perto da janela ele foi subindo. A essa hora da madrugada as portas com certeza não estariam abertas. Depois de cair quase duas vezes, ele finalmente conseguiu. Bateu na janela várias vezes e ela logo foi aberta por Demi, que estava acordada.
_ Joe? Meu Deus! O que faz aqui? _ perguntou o ajudando a entrar dentro do quarto.
_ Eu precisava muito falar com você.
_ Por que não me ligou?
_ Eu não podia falar por telefone, tinha que ser pessoalmente. _ ele falava tremendo um pouco. Tinha encarado toda essa chuva e não levara nenhum casaco.
_ Você está tremendo de frio. Vou pegar uma toalha pra você.
_ Não, espera! _ ele segurou o braço dela _ Eu preciso falar pra você o que eu quero. Não posso esperar mais nenhum segundo sequer.
_ Pode falar.
_ Olha, eu nem sei como te falar isso. Eu só não posso mais guardar dentro de mim. Eu não aguento mais fazer isso. Eu preciso que você saiba. _ segurou na mão dela _ Demi, eu sou completamente apaixonado por você e não consigo mais esconder isso. Desde o dia em que nos conhecemos eu senti algo especial por você e ao longo do tempo isso foi evoluindo para o amor. Eu só ajudei você no assunto do baile, pois queria te ver feliz. Mas depois do que aquele idiota fez, eu só queria quebrar a cara dele por ter feito você derrubar uma lágrima. Eu não suporto ver você triste, mas ajudar você com outros caras está custando a minha felicidade. Eu realmente te amo e só queria que soubesse... _ fora interrompido por um beijo.
          Demi quase pulara de alegria pelo quarto, mas achou que beijá-lo era uma forma melhor de expressar sua felicidade. Finalmente pode sentir aqueles lábios sobre os seus e a sensação não poderia ser melhor. Ao termino do beijo eles se encararam.
_ O que significa isso? _ ele perguntou sussurrando.
_ Significa que também amo você. _ ela disse no mesmo tom _ É um pouco mais recente, mas te amo com a mesma intensidade.
          Sorriram um para o outro e se beijaram novamente, logo depois se abraçando. Não perceberam, mas as amigas de Demi ouviram quase toda a conversa, tendo acordado um pouco depois de Joe chegar. Só perceberam quando Selena se pronunciou.
_ Own. Que bonitinho! Eu sabia que não faltava muito pra isso acontecer!
_ Vocês estavam acordadas? _ Demi arregalou os olhos.
_ Acordamos agora pouco. _ declarou Miley _E, a propósito, achamos muito bonitinho mesmo. Só não saímos agora pra dar privacidade pra vocês, pois está no meio da madrugada. Horário legal pra se declarar, hein Joe.
_ Não tenho culpa se a coragem só veio agora. _ riram _ Ah, a propósito, Demi... Quer namorar comigo? _ Demi estava tão alegre que não conseguia falar. Somente fez que sim com a cabeça e o beijou de novo. _ Eu te amo.
_ Eu também te amo. _ disse de forma tão apaixonada quanto ele.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Chapter Nine


        Quando acordamos, caminhamos por mais algumas horas. O sol alpino do meio dia estava em nossas cabeças. Iria parar para descansar, mas vi, um pouco longe, mais casas simples e pessoas andando calmamente.
         Nós três fomos em direção a essa vila, que era o que parecia. Ninguém falava minha língua, falavam a língua nativa. Por sorte Katie sabia falar e comunicou a eles nossa situação. Foram muito hospitaleiros e nos deixaram ficar ali este dia e a noite também. Eu não recusei, pois sentia falta de algo mais macio para dormir do que um chão.
          Durante a noite, antes de dormir, eles sempre faziam uma fogueira e contavam histórias. Matthew e eu não iríamos entender nada, mas mesmo assim decidimos ir. Um adolescente me chamou para um lugar mais reservado e o segui.
Xxx: Oi.
Joe: Você fala minha língua?
Xxx: Sim, mas não cheguei aqui pra falar com vocês porque estava na escola. Desculpa.
Joe: Não, tudo bem. Katie nos ajudou.
Xxx: Eu ouvi o que você quer fazer. Acho que não é o melhor a se fazer.
Joe: Sobre ir atrás de minha esposa? _ ele assentiu _ Olha, eu se que falam isso com a melhor das intenções, mas eu não posso deixá-la aqui nesse país, sofrendo.
Xxx: Eu só queria avisá-lo não será tão simples. Não vai simplesmente achá-la, pegá-la e ir embora. Se a F. R. U. te ver você estará perdido. Ou vou te matar ou mandar para os rios de diamantes.
Joe: Rios de diamantes?
Xxx: São rios onde conseguem encontrar muito dessas pedras. Colocam homens e mulheres para encontrá-las.  Trabalham como escravos.
Joe: Por que nunca fizeram nada para impedir?
Xxx: Você acha que o governo liga para pessoas pobres que são raptadas? Eles só iram fazer alguma coisa quando a F. R. U. atingi-los de alguma forma.
Joe: Talvez não devessem recorrer ao governo.
Xxx: Não temos ninguém mais para recorrer. Estamos somente rezando para que não cheguem aqui.
(...)
Autora Narrando
          Em um lugar naquela mesma vila, um pouco distante de onde Joseph e Matthew dormiam, Katie conversava com Xxx. Ele não era ninguém muito especial, somente um amigo de infância e confidente.
Xxx: Não acredito que aconteceu isso com seus pais.
Katie: É, e não pude fazer nada.
Xxx: É realmente uma pena tudo isso estar acontecendo. Eu gostava tanto dos seus pais.
Katie: Foi horrível mesmo o que aconteceu, mas em compensação conheci o Joseph.
Xxx: Conheço esse seu olhar, Katie. O que pretende fazer?
Katie: Olha, você sabe mais do que ninguém que odeio este continente, mas papai nunca me deixou sair pra qualquer outro lugar. Joseph é minha porta de saída desse maldito país.
Xxx: Como é que ele pode ser sua porta de saída?
Katie: Ele mora na América. Quando sairmos desse sufoco eu posso ir junto deles para os Estados Unidos!
Xxx: Katie, sua mentalidade está cada vez pior. Você realmente acha que ele irá levar você junto para o outro continente? Ele não vai querer essa despesa.
Katie: É o seguinte: como você sabe, ele está atrás da esposa. Para nós está mais do que óbvio que ela já está morta há dias. Assim que ele cair na real sobre isso vai ficar muito desolado. Tudo que eu vou precisar fazer será consolá-lo e, depois de um tempo, ele estará nas minhas mãos.
Xxx: Pretende seduzi-lo? _ soltou uma risada em descrença _ Você não entende nada como seduzir um homem. Malmente já esteve com um.
Katie: Não será difícil. Além de conseguir sair deste continente ainda consigo um homem rico e bonito.
Xxx: Que tem um filho para criar.
Katie: Existem milhares de internatos naquele país. Será fácil colocá-lo em um deles.
          O resto da conversa teria o mesmo rumo. Por mais que Xxx tentasse convencê-la, Katie não dava ouvidos. Era uma dura missão converter os pensamentos de uma mulher decidida.
(...)
Xxx: O que faremos com ela? _ perguntou o homem encapuzado para seu líder _
Yyy: Ainda estou pensando neste assunto.
Xxx: Poderíamos dá-la aos homens. Tenho certeza de que fariam um bom proveito.
Yyy: Não. Ela é um premio especial. Não podemos simplesmente jogá-la aos leões, por assim dizer.
Xxx: Para todos não passa de uma vagabunda com um rostinho bonito.
Yyy: Aprenda uma coisa. Todas as mulheres não passam de vagabundas. Elas não valem nada. Mas as mais bonitas devem ser guardadas, e aquela é uma delas.
(...)
          “Eu não aguento mais isso. Sinto a cada momento que passa que estou mais perto da morte e isto está me apavorando. Não posso deixá-los. Não posso nem sequer pensar nisso. Eles estarão bem? O que terá acontecido a eles? Não posso ficar cada vez mais nervosa diante destes pensamentos, mas é impossível. Pelo visto está tudo acabado.”

Próximo...

Hey pessoal!! Como vão as coisas? Todo mundo viu que a lerda da nossa diva vazou as próprias músicas, né? E eu pensando que ela não podia ficar mais lerda. Eu to fazendo um tremendo esforço pra não ouvir as músicas antes de comprar o CD. Mas isso não vem ao caso. Bom proveito do capítulo :D

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Chapter Eight - Mini


          Eu estava quase dormindo quando Matthew me chamou. Fiquei atordoado por uns segundos, mas logo olhei para ele que continuava a me chamar.
Joe: O que foi filho? _ perguntei meio sonolento _
Matthew: Tem uma mulher ali papai!
Joe: Mulher? Onde?
          Levantei-me apressadamente, com a esperança tola de que poderia ser Demi, mas, como esperado, não era. Havia a mais ou menos uns cem metros uma mulher caída no chão. Seu rosto não aparecia, mas eu sabia que não era Demi. O cabelo da mulher era de um castanho escuro, já de Demi era castanho claro.
          Mesmo sabendo que não era ela fui andando até a mulher. Ajoelhei-me ao lado dela e a virei de frente. Tinha alguns cortes superficiais no rosto, nada para se preocupar. Ela estava desacordada. Levei-a até arvore em que estávamos encostados e esperei-a acordar. O que levou uns vinte minutos.
Xxx: Ai...  _ reclamou, possivelmente, com dor _
Joe: Oi.
Xxx: Quem é você?
Joe: Eu sou Joe. Eu e meu filho achamos você caída no chão. Está se sentindo bem?
Xxx: Estou com um pouco de dor de cabeça.
Joe: Lembra seu nome?
Xxx: Katie.
Joe: O que aconteceu?
Katie: Eu e minha família estávamos seguindo de carro para a África do Sul ver alguns parentes quando um carro cheio de homens armados surgiu do nada, começando a atirar em nossa direção. Por sorte eu consegui escapar ilesa, pulando do carro. Mas minha família não pulou a tempo e caíram com o carro de um precipício.
Joe: Eu sinto muito.
Katie: Obrigada por me salvar.
Joe: Teoricamente não fiz nada. Ainda estamos perdidos.
Katie: Obrigada mesmo assim.
          Do nada ela me abraçou. Meio sem jeito eu retribui, tentando não deixar transparecer que não estava nada confortável com isso.
Katie: Onde estamos? _perguntou assim que me soltou _
Joe: Algum lugar a Oeste em Serra Leoa.
Katie: Há mais possibilidade de ter cidades no Sudoeste.
Joe: Pode ser, mas tenho que seguir este caminho.
Katie: Posso saber o por que?
Joe: Desculpe, mas não gosto de falar sobre isso. Não é um assunto muito feliz para se compartilhar.
Katie: Tudo bem. _ fez-se um breve silencio _ Será que eu poderia... Poderia ir com vocês? Não faço ideia de onde estou e não gostaria de ficar sozinha novamente.
Joe: Tudo bem.
Matthew: Papai, to com fome.
Joe: Vou te dar uma das frutas que achei ontem à tarde.
Katie: Papai?
Joe: Ele é meu filho.
Katie: Você parece jovem para ter filhos.
Joe: Já me disseram isso. Mas é só aparência mesmo. Tenho 27 anos já.
Katie: Eu também. _ sorriu _
Joe: Hum. _ sorri forçado _ Se não se importa vou dormir um pouco agora. Ainda está de noite e não tenho descansado muito nos últimos dias.
Katie: Tudo bem. Vou fazer o mesmo.
          Dei a fruta a Matthew, que logo a comeu, e voltamos a dormir. Agora as coisas seriam diferentes, já que teríamos uma acompanhante para a viagem, mas não poderia me esquecer do por que de ainda estar andando para o Oeste.
(...)
          Já era quase meio dia. O sol escaldante estava em nossas cabeças, mas não poderíamos parar. Protegi Matthew mais uma vez com minha camisa enquanto andava com Katie ao meu lado. Conversávamos casualmente.
Katie: Trabalha com o que?
Joe: Sou arquiteto. E você?
Katie: Não trabalho. Meu pai não deixa.
Joe: Por quê?
Katie: Ele diz que uma mulher tem que ser somente dona de casa, sem nenhuma distração que prejudique o desempenho em casa.
Joe: Trabalho não é motivo de distração. Minha esposa trabalha e cuida de casa muito bem. Nunca fez nada pela metade.
Katie: Esposa? Você tem esposa?
Joe: Sim, tenho.
Katie: Não havia comentado. Onde ela está?
Joe: Ela é o motivo de eu estar aqui perdido com meu filho.
Katie: Ela abandonou você e seu filho aqui? _ arregalou os olhos _
Joe: Não, claro que não. _ suspirei _ Esse é o assunto complicado que não quis contar ontem. Ela foi sequestrada pela F. R. U. e eu estou tentando salvá-la. O helicóptero em que eu, meu filho e o piloto estávamos, acabou caindo e só meu filho e eu sobrevivemos. Agora estamos atrás dela.
Matthew: E vamos encontrar a mamãe, não é papai?
Joe: Vamos sim Matt. A mamãe vai estar conosco de novo.
Katie: Você definitivamente não tem cara de ser um homem casado e com filho.
Joe: Por que não?
Katie: Você é jovem. Olhando para você enxergo um homem que aproveita a vida ao máximo, indo a todas as baladas e saindo com amigos.
Joe: Não vejo isso como um jeito de aproveitar a vida. Talvez na adolescência eu visse, mas agora não. Se eu estiver com minha esposa e meu filho, já estou aproveitando minha vida sem arrependimentos.
Katie: Família prende você. Prefiro só namorar alguém que não pegue no meu pé.
Joe: Quando amar alguém verdadeiramente vai entender o que digo.
Katie: Você ama sua esposa?
Joe: Mais que tudo nesse mundo.
Katie: Não sei por que, mas não consigo acreditar nisso. _ disse, e eu não estava gostando do rumo desta coversa _
Joe: O que a leva a pensar isso?
Katie: Homens não amam ninguém. Somente se divertem com mulheres. No mínimo devem estar casados para terem seus desejos satisfeitos todas as noites e... _ a interrompi _
Joe: Olha Katie, eu deixei você continuar a viajem conosco por que precisa e por que passou pela mesma situação que a nossa no ataque. Somente por isso. Mas se for ficar falando desse tipo de assunto, insinuando que eu não amo minha esposa, conosco não poderá mais ficar.
Katie: Olha, eu só estava dizendo que... _ a interrompi novamente _
Joe: Eu entendi muito bem o que você estava dizendo e não concordo. Se eu visse minha esposa apenas como uma mulher para satisfazer meus desejos, não estaria nesta situação atrás dela. Simplesmente voltaria para casa com meu filho. Mas eu a amo e estou aqui para encontrá-la.
Matthew: Do que vocês estão falando, papai? _ ele ficou distraído demais para escutar qualquer palavra que foi dita _
Joe: Nada importante filho.
          Depois disso nada mais foi dito. Ela pareceu ficar incomodada com o que eu disse, mas tentou disfarçar. Claro, sem sucesso. Não sabia o que ela pretendia dizendo essas coisas, mas sei que na gostaria nada de descobrir.