Já era de noite e todos nós já
estávamos preparados para a fuga. Katie havia se oferecido para iniciar o
incêndio, e todos concordamos.
Joe:
Tente colocar o máximo de fogo que conseguir e derrame as bebidas no chão para
se alastrarem rápido. Mas tenha muito cuidado.
Katie:
Está bem. Me deseje sorte. _ ela me deu um abraço apertado e saiu do cômodo _
Todos os homens dormiam durante a
noite, pois pensavam que não conseguiríamos fugir. Deixavam a porta trancada e
pensavam que era o suficiente. Com um pedacinho de ferro de achamos durante a
tarde conseguimos deixa a porta aberta para facilitar.
Esperamos uns dez minutos até que
Katie voltou ao cômodo sorrindo. Ela carregava consigo um pedaço de madeira.
Katie:
Trouxe para quebrarmos a janela.
Joe:
Ótimo. Vamos.
Do lado de dentro o chão era mais
alto, o que deixava a janela mais baixa, mas eu era o único que a alcançava.
Peguei o pedaço de madeira e bati na janela umas três vezes, e com a mão retirei
com cuidado os pedaços que restaram.
Joe:
Matt, vem. Você vai primeiro. _ o peguei em meu colo e o coloquei na janela _
Matthew:
Papai, é muito alto. _ ficou com medo _
Katie:
Vai na frente, Joe. Lá fora você ajuda todo mundo a descer. A gente se vira
aqui dentro.
Joe:
Tudo bem.
Peguei impulso e atravessei a janela.
Pelo lado de fora vi que o fogo já começara a aumentar e logo quase toda a
cabana estaria em chamas. Agora era tudo ou nada.
Autora
Narrando
Uma a uma Joe foi ajudando a saírem
da cabana. Tudo estava correndo bem até que ouviram dois barulhos que chamaram
a atenção de todos que já estavam do lado de fora. O primeiro foi o estrondo do
teto de um do quartos caindo. O segundo foi os gritos dos homens. Puderam ver
alguns homens saírem pela porta da frente completamente em chamas.
Mas então dois homens, que não
estavam em chamas, conseguiram sair e avistaram eles tentando fugir. Foram
correndo até eles. Joe, que era o único homem do lado delas, teve que as
defender, então começou uma violenta luta de dois contra um.
As mulheres então começaram a ajudar
as poucas que ainda estavam do lado de dentro. Com um pequeno esforço tiravam
cada uma. Matt só via a luta do pai, tentado ajudá-lo dizendo o que os outros
homens fariam ou onde estavam.
Aparentemente todos os outros homens,
inclusive o chefe, haviam sido mortos pelo fogo ou pelo desabamento do telhado.
Somente duas pessoas vivas estavam dentro da cabana. Demi e Katie.
Katie:
Me ajuda a subir. _ Demi a ajudou, fazendo-a ficar sentada na janela, um passo
do lado de fora _
Demi:
Agora me puxa. _ demorou apenas alguns segundos, então Demi entendeu o olhar de
Katie _
Katie:
Você já causou estrago demais nessa vida.
Demi:
Katie...
Katie: Joe já sofreu demais. Ele merece uma mulher melhor agora. _ sorriu _ Adeus
Demi. Foi um prazer te conhecer.
Então ela pulou a janela. Demi tentou
alcançar a janela, mas seus esforços eram inúteis já que a janela era alta e
ela era baixa. Tentou de várias formas alcançá-la, mas não tinha nada que
pudesse ser usado com escada. Agora o fogo havia chegado à porta do cômodo e se
alastrava pelo teto. Ela não tinha mais saída. Onde estaria Joe?
Joe
Narrando
Eu havia colocado o ultimo homem no
chão quando Katie chegou ao meu lado ofegante falando para corrermos. Com a
quantidade de álcool que ela havia derramado era capaz de qualquer hora a casa
explodir. Todos nós começamos a correr até que Matt chega ao meu lado
perguntando.
Matthew:
Papai, cadê a mamãe?
Eu parei, e todas pararam comigo.
Corri os olhos pelo grupo de mulheres e o desespero me tomou quando não achei
Demi entre elas. Só havia um lugar que ela poderia estar.
Sem pensar em nada mais saí correndo
em direção à cabana em chamas. Tudo pegava fogo e o resto que havia sobrado do
teto poderia desabar a qualquer momento, mas não me importei. Dei um chute na
porta de entrada e adentrei na sala.
Como esperado, tudo destruído. A
fumaça que estava ali dificultava minha visão e a adentrava em minha garganta,
quase impossibilitando a respiração. Com um esforço achei a porta do cômodo em
que estávamos.
Ela estava quase toda em chamas. Com
força dei um chute no meio da porta, fazendo-a cair no chão com um estrondo.
Havia mais fumaça do que fogo naquele lugar e a visão estava impossível.
A única luz que vinha era da janela e
graças a ela consegui visualizar um braço no chão. Corri de encontro a ele e
percebi que era mesmo Demi. Ela estava desmaiada. Peguei-a no colo e tratei de
levantar. Com cuidado fui andando até encontrar a porta.
Estava contornando a sala quando
outro estrondo foi ouvido. Metade do teto da sala havia desabado e era uma
questão de segundo até a outra metade desabar junto. Corri o máximo que pude
até finalmente sair da cabana.
Continuei correndo para longe dela
com Demi ainda desfalecida em meus braços. Vi o grupo de mulheres logo a frente
e Matthew corria até nós.
Matthew:
Papai! _ a uma distancia segura da cabana em chamas, onde o resto do teto
desabava, parei e sentei-me no chão _ A mamãe ta bem?
Joe:
Eu não sei.
Olhei para Demi em meus braços. Ela
não dava nenhum sinal de acordar. A sacudi um pouco, tentando fazê-la acordar.
Joe: Demi,
amor, acorda. _ passei a mão em seu rosto _ Meu amor...
Acabei soluçando, deixando poucas
lágrimas caírem. Ela não poderia me deixar. Eu preciso dela. Eu amo ela.
Xxx: Sopre ar
pra ela.
Joe: Como é? _
perguntei a mulher que se pronunciara _
Xxx: Sopre ar,
pela boca.
Ainda meio atordoado fiz o que ela
mandou. Abri a boca de Demi e coloquei a minha sobre ela, soprando todo o ar
que podia. Fiz isso repetidas vezes até que ela começou a tossir. Deixei minha
lágrimas, agora de felicidade, caírem livremente enquanto ela recuperava os
sentidos.
Demi: Joe?
Joe: Estou
aqui meu amor. _ sorri pra ela, que sorriu de volta _ O que aconteceu, por que
não saiu de lá?
Ela olhou para o nada, como se
quisesse lembrar, então olhou para Katie sem falar nada. Coloquei ela sentada
apoiada na árvore e me levantei.
Joe: Katie,
será que pode me dizer quem foi a última pessoa que saiu de lá pela janela?
Katie: Joe,
eu... Eu só... _ ela não sabia o que falar _ Fui eu.
Joe: E pode me
dizer por que diabos deixou a Demi lá, hein?! _ elevei meu tom de voz _
Demi: Joe,
calma. _ ela se levantou e segurou meu braço _
Joe: Como
posso ter calma quando descubro que ela te deixou lá pra morrer?! _ falei
deixando fluir cada vez mais minha raiva _
Demi: Agora
não é hora nem lugar pra discutirmos isso. Precisamos sair daqui. _ vendo que
ela tinha razão, tratei de me acalmar _ Já vai amanhecer. Temos que ver como
vamos seguir viagem.
Joe: Todo bem.
_ passei a mão no rosto e no cabelo _ Temos que conseguir comida.
Xxx: Podemos
ir nas arvores de frutas. _ sugeriu uma mulher _ Todas nós sabemos caminho.
Cansamos de ir lá.
Joe: Tudo bem.
Vamos lá. _ segurei na cintura de Demi, que retribuiu segurando na minha
também, e com a outra mão segurei a mão de Matt _
Eu ainda tinha três camisetas na
minha mochila. Como precisávamos levar comida, amarrei um dos lados de minhas
blusas e usamos elas como sacos para levar as frutas. Depois de todos comerem,
decidimos descansar um pouco.
Fomos até o rio que haviam me levado
no dia anterior. Tirei meus tênis e minhas meias e dobrei minha calça até o
joelho. Demi também tirou seus tênis. Sentamos juntos na beira do rio com os
pés na água. Matt brincava com uma das mulheres dentro da água.
Joe: Meu
amor... _ chamei ela, que não olhou para mim _ Por que está me tratando assim?
Demi: Assim
como?
Joe: Assim...
Fria, indiferente... O que eu fiz?
Demi: Você não
fez nada.
Joe: Então por
que está assim? Por favor, me responda.
Demi _ bufou, mas
depois respirou fundo _ Eu percebi o quão amiguinhos você e a Katie ficaram.
Joe: Como? Só
nos conhecemos há poucos dias.
Demi: Mas isso
não a impediu se sempre abraçar você.
Joe: Espera
aí, tudo isso é ciúmes? _ sorri _
Demi: E se for
mesmo, qual o problema? Você é meu marido. A única mulher que tem o direito de
ficar assim tão próxima de você sou eu!
Joe: Claro que
é. Isso é a pura verdade, mas queria que eu a afastasse bruscamente?
Demi: Não
bruscamente. Mas poderia ter afastado. Nem deveria tê-la trazido junto, pra
começo de conversa.
Joe: Entenda
Demi, ela estava perdida e os pais tinham sido mortos. Eu não podia deixá-la lá
para morrer, não é?
Demi: Estou
vendo o quanto ela ficou arrasada com a perda dos pais. _ disse irônica _
Joe: Ei
linda... _ cheguei mais perto e beijei seu pescoço _ Não precisa ter ciúmes.
Demi: Não
mesmo? _ disse manhosa _ Não aconteceu nada entre vocês, não é?
Joe: Claro que
não, meu amor. Você sabe que é a única mulher pra mim. Não era só porque
estávamos distantes que eu ficaria com outra. Isso nunca.
Demi: Tudo
bem. _ sorriu _ Me desculpa por ter desconfiado. _ me deu um selinho _
Joe: Ta tudo
bem. Vamos aproveitar agora pra descansar. _ a beijei enquanto enroscava nossas
pernas dentro d’água _ Vem. Vamos entrar.
Puxei-a comigo para dentro do rio,
que era raso, e começamos a brincar e aproveitar. Matt logo se juntou a nós e
ficamos ali boa parte da manhã aproveitando esse raro momento de alegria nessa
época de desespero.
Próximo...
Heey meninas!!!! Como vão minhas tortuguitas? (apelido carinhoso que estou dando a voces :D) O que acharam desse capítulo? Finalmente eles conseguiram sair da cabana né kkkk Querem dar seus palpites sobre o que vai acontecer a seguir? Não, melhor, porque não dizem o que acham que o Joe vai fazer a respeito do que a Katie fez com a Demi? Quem acertar ou der o palpite mais próximo do que vai acontecer ganha um capítulo dedicado!!!!
Beijos minhas tortuguitas~