quinta-feira, 26 de julho de 2012

Mini Web - Parte 1


           Os raios de sol passando pela cortina acordaram-me. Levantei e segui para o banheiro, tomando um banho quente e relaxante. Voltei para o quarto e me vesti com um short jeans azul, uma regata branca e um chinelo também branco, mas com detalhes em preto.
          Arrumei a cama de casal e fui para o andar de baixo. Mais especificamente para a cozinha, onde comecei a preparar o café da manhã para mim e para meus filhos.
          Eu tinha dois filhos. Bryan, o mais velho. Tem quatro anos e é super animado e extrovertido. O outro é Connor, de três anos. É um pouco mais tímido, mas super animado quando está brincando com o irmão.
          Quando terminei de preparar o café da manhã, subi e acordei os meninos. Dei banho em cada um e os vesti com roupas de calor. Depois disso, voltamos para a cozinha e os dois começaram a comer.
Bryan: Mamãe, o papai chega hoje? _ perguntou comendo um cookie _
Demi: Sim, querido. Ele chega. _ respondi um tanto desanimada _
          Eu era casada com Joseph Jonas. Ele é tenente do exército e quase sempre viaja. Fica dois meses fora e uma semana ou menos em casa. É ruim, mas agora eu quase não me importo.
          De alguns meses pra cá nós só brigamos. Por causa disso evitamos nos falar, pois não queremos discutir na frente dos meninos.
          Continuamos dormindo no mesmo quarto, na mesma cama, mas não nos tocamos. Quando ele está em casa tenta fingir que não me vê, assim como eu.
Connor: Mamãe, o papai vai ficar bastante tempo em casa com a gente?
Demi: Eu não sei filho. Terá de perguntar a ele.
Bryan: Eu quero que ele fique um tempão! Sinto falta dele.
Connor: Eu também. Você sente também, mamãe?
Demi: Ér... Claro querido. Eu sinto muita falta do seu pai.
          Mentir para o meu filho era horrível, eu odiava fazer isso, mas também não posso falar a verdade. Para eles, eu e Joe estamos mais do que bem.
          Assim que terminaram o café da manhã, foram para a sala assistir desenho enquanto eu limpava a cozinha. Depois que terminei fui para a sala ficar junto de Bryan e Connor.
          Onze e meia voltei para a cozinha e comecei a preparar o almoço normalmente até que Bryan entra correndo.
Demi: O que foi filho? Pra que correr?
Bryan: O papai chegou, mamãe! O papai chegou! _ saiu correndo para fora _
          Olhei pela janela da cozinha e lá fora estava Joe caminhando em direção a casa. Ele usava um tênis preto, uma calça jeans azul, uma camiseta branca e segurava uma mala preta.
        Vi Connor e Bryan correndo em direção a ele, que se abaixou para abraçá-los. Larguei o que estava fazendo e fui para a porta da casa onde vi Joe novamente caminhando com os dois em seu colo, um em cada braço.
Joe: Oi. _ deu um sorriso de canto _
Demi: Oi. _ dei o mesmo sorriso _
Bryan: Não vai abraçar o papai, mamãe? _ perguntou enquanto ele e Connor desciam dos braços de Joe _
Demi: Ér... Claro.
          Aproximei-me e coloquei os braços ao redor do pescoço dele, indo abraçá-lo, e ele colocou os braços em minha cintura.
          Não foi um abraço muito longo, mas foi o suficiente para sentir o perfume e o corpo que tanto me agradavam. Eu ainda amo ele, mesmo distanciados, ainda o amo. Mas conviver com essas brigas, não dá.
Demi: Vamos entrar. Estou quase terminando o almoço.
Joe: Claro. _ disse enquanto entrávamos _
          Terminei o almoço e nos servimos. Tudo estava tranqüilo Nada de brigas, pelo menos por enquanto.
Bryan: Mamãe, posso mostrar ao papai os desenhos que eu fiz pra ele?
Demi: Agora estamos almoçando, filho. Você mostra depois.
Bryan: Por favor, mamãe! _ fez carinha de cachorrinho _
Joe: Traz aqui, filho. O papai quer ver.
          Bryan sorriu e saiu correndo. Típico de Joe discordar de mim. Alguns minutos depois Bryan volta e entrega a Joe um monte de folhas.
Joe: Estão bem legais, filho. Quem são esses aqui? _ apontou para a folha _
Bryan: É eu, o Connor, você e a mamãe. Somos a melhor família do mundo!
Joe: Sim, somos. _ sorriu fraco _ Quem é essa mulher chorando? _ apontou para outra folha _
Bryan: É a mamãe.
Joe: A mamãe, é? _ olhou para mim, mas logo voltou o olhar para Bryan _
Bryan: É, eu vi ela chorando.
Joe: Hum. _ olhou para mim _
Demi: Agora senta e termina de almoçar, filho.
Bryan: Tudo bem.
          Depois do almoço Joe insistiu em me ajudar com a louça, enquanto os meninos iam brincar lá fora. Nós os observávamos pela janela da cozinha.
Demi: Quanto tempo irá ficar?
Joe: Uma ou duas semanas no máximo.
Demi: Hum. Ficará fora dois meses, igual à última vez?
Joe: Sobre isso mesmo que eu queria falar. _ se encostou no balcão _ O general me promoveu e me colocou no comando de uma base no Texas. Com isso ficarei fora por um ano.
Demi: Um ano?
Joe: sim. E só poderei vir para casa em feriados, para ficar somente um dia. Não terá recessos ou emendas. Na base treinaremos novos recrutas, e não podemos deixar de treiná-los um dia sequer. Mas meu salário irá aumentar bastante, o que é bom.
Demi: Nossa. É bom pelo salário, mas o tempo que ficará fora de casa...
Joe: e tem mais uma coisa. Quero levar os meninos comigo.
Demi: O que?! Não, de jeito nenhum!
Joe: E por que não?
Demi: Porque eles têm que ficar aqui, na casa deles!
Joe: Eu quero ficar perto deles. Não quero me afastar todo esse tempo.
Demi: Muito menos eu! Eles não vão!
Joe: Eu sou o pai deles, tenho direito de querer que eles venham comigo!
Demi: Que ótimo pai você é! Mal fica em casa e quando viaja por dois meses só liga três vezes para saber como estão!
Joe: Me desculpe se no exército não nos deixam ligar todos os dias! Mas não me diga que eu sou um pai ruim, pois eu nunca chorei na frente de nenhum deles.
Demi: Eu nunca chorei na frente deles.
Joe: E como explica Bryan ter visto você chorar?
Demi: Não sei. Mas sei que isso não é algo que me torne uma mãe ruim.
Joe: Os meninos irão comigo. E não se preocupe, pois eles serão bem cuidados.
Demi: Claro. Você vai deixá-los coma filhinha do general, já que ela faz tudo pra te agradar.
Joe: O que está dizendo?
Demi: Eu sei que a filha do general é louca por você e que fica se oferecendo. Você achou que eu não iria descobrir? Você acha que eu sou idiota? HEIN, JOSEPH? VOCÊ ACHA? _ gritei estressada _
Joe: está insinuando que eu traio você? _ perguntou aparentemente perdendo a paciência _
Demi: Não sei. Diga-me você o que fazem naquele quartel.
Joe: Saiba que sou fiel a você.
Demi: Quem me garante isso?
Joe: EU! EU GARANTO! _ gritou agora me segurando com força pelos braços _
Demi: Me solta!
Joe: Não solto até colocar nessa cabeça dura que eu sou fiel a você. Não importa se estamos brigados ou não, nunca teria outra mulher.
Demi: Me solta, Joseph!
Joe: Não!
Demi: ME SOLTA!
Joe: NÃO! NÃO SOLTO! _ apertou com mais força me causando dor _
Xxx: Mamãe? Papai?
          Era Connor. Ele estava na porta da cozinha olhando para a cena com os olhinhos lacrimejados. Fiz força e me soltei de Joe, indo abraçar meu filho.
Demi: Por que não está brincando, filho?
Connor: Queria ficar com você e com o papai. Por que estavam gritando, mamãe?
Demi: por nada não, Connor.
Connor: O papai tava te machucando.
Demi: Claro que não. O papai estava indo abraçar a mamãe.
Connor: Mas ele estava com cara braba.
Demi: Não estava, bebê. Impressão sua. _ falei seguindo em direção a sala com ele em meu colo _ Agora a mamãe vai assistir desenho com você.
Connor: Promete que você e o papai não vão mais gritar um com o outro?
Demi: _ suspirei _ Prometo.
          Passei o resto da tarde com as crianças. Joseph só se juntou a nós mais tarde. Não trocamos nenhuma palavra o resto do dia.
          À noite, depois de colocarmos as crianças para dormir, fomos para o quarto. Como já tinha tomado banho antes, somente me troquei colocando uma camisola azul clara e me deitei, enquanto Joe tomava banho.
          Depois de colocar uma calça de moletom preta, ele se deitou, longe de mim, claro.
          Hoje havia sido um longo dia. Sinto que amanhã guarda surpresas, assim como hoje. Então tenho que ter energia para encará-las amanhã.

Próximo...

Espero que gostem, é minha primeira mini web ^-^

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