_ Use a trompa! Use
a trompa! _ o soldado ao lado de Joseph gritou desesperado para aquele que
estava em cima da carroça, enquanto ele e o príncipe desembainhavam suas
espadas.
Todas os civis entraram em suas casas sem precisar de uma ordem e Joe
começara, juntamente com o soldado ao seu lado, a lutar. Seus adversários não
tinham um treinamento com espadas, o que puderam perceber, e se moviam
lentamente. Do mesmo jeito, estavam em maior número e, mais cedo ou mais tarde
acabariam por ferir os oponentes. E fora o que aconteceu.
O soldado levara um corte na coxa e Joseph no braço, mas diferente ao
do príncipe, o do soldado fora profundo. A sorte deles fora que, mesmo antes do
soldado ter soado a trompa – pois se atrapalhara com o instrumento – um grupo
de soldados de Aurum começaram a aparecer. Eram os homens de Parménio.
Dois dos que chegaram pegaram o soldado ferido e o abrigaram em cima da
carroça, logo voltando para a batalha que ocorria logo a frente deles, com
Joseph liderando a formação. Por fim o soldado soara a trompa repetidas vezes e
logo os sinos da igreja começaram a tocar sem parar durante um minuto,
indicando um ataque.
Levou vários minutos a fio, mas Joe e os cinquenta homens de Parménio
derrotaram os adversários. Com um pano rasgado, Joseph enrolou o corte para
estancar o pouco sangue que saía. Aqueles que se machucaram foram ajudados e
então o príncipe começou a caminhar por entre os corpos do atacantes.
_ Escravos, alteza.
_ Como? _ Joe se virou para o soldado atrás dele. A armadura negra, como a de
todos os outros, continha um pouco de sangue a sujando.
_São escravos. Possivelmente antes eram civis.
_ Assim dificulta saber de qual reino são.
_ Creio que sim, mas acho que todos sabem...
Ela não pode terminar a frase, não quando ouviram o som
de cascos de cavalos se aproximando. Era o rei e sua escolta. Junto também
estavam os lordes e, é claro, Morrigan. Chegando perto deles, o rei desceu de
seu garanhão branco, olhando estupefato os corpos no chão.
_ O que houve aqui?!
_ Um ataque, majestade. _ o mesmo soldado que falava com
Joseph, se dirigia agora ao rei _ Poucos homens, mas o suficiente para causar
um estrago. Teriam seguido até o centro do povoado se não fossem impedidos.
_ Surgiram do bosque, nenhum sinal anterior fora ouvido,
apenas quando atacaram. _ Joseph disse.
_ Está bem, meu filho? _ Rupert chegou mais perto,
analisando o braço com o pano enrolado.
_ Sim, apenas um corte superficial. _ dispensou _ Pai,
isso serviu de aviso. Vamos armar o exército!
_ Exército... _ o olhar de Rupert se virou para os
soldados de Parménio _ Quem lhes deu ordens de estarem a postos?! _ ele gritou.
_ Fui eu, majestade. _ surpreendentemente, Parménio logo
se pronunciou _ Depois de sua recusa de armar o exército, mandei essa frota
ficar em vigilância.
_ Perdeu os estribos, Parménio?! Eu não autorizei frota
nenhuma a ficar a postos!
_ Sei disso, majestade. Mas não poderia ficar sem fazer
nada vendo que nosso território estava protegido apenas pelos poucos guardas da
fronteira.
_ Não cabe a você a decisão de quantos homens devem
proteger nosso território. _ o rei disse estridentes _ Sua afronta não será
esquecida, Parménio. Pela lei, deveria ser punida com a morte, mas em respeito
a nossos anos de amizade, isso não será feito. _ Rupert caminhou até ele,
ficando frente a frente _ A partir de hoje retiro de você o título de Lorde de Arryn.
A espada com o símbolo do cervo prata num fundo preto foi
tirada de Parménio pelo rei, e os protestos de seus soldados foram ouvidos, mas
logo cessaram a mando de Rupert.
_ Pai, não pode fazer isso!
_ Se um lorde não consegue acatar as ordens de seu rei,
não poderá comandar uma frota. _ durante anos, uma reação desse tipo nunca foi
precisa. Havia pelo menos uma década desde que um lorde foi deposto, e depor
Parménio, justo um lorde da mais alta honra pessoal, era algo sério _
Encontrarei alguém que seja capaz de me obedecer.
O rei voltou a caminhar, desta vez lentamente, mas com a
cabeça erguida, para seu cavalo. Darius estava atônito e Joseph também, porém
Parménio continuava com seu semblante calmo, honroso, como o general que fora,
sem deixar tombar a cabeça mesmo com a derrota.
_ Dê para mim, pai.
Todos os olhos se voltaram para o príncipe. Joseph não
queria tomar o lugar que era de Parménio, longe disso, somente queria garantir
que os homens de Parménio, que eram muito bem treinados e disciplinados,
ficassem sob a ordem de alguém adepto ao pensamento de defesa do reino, não de
recuo.
_ Perdão majestade, _ Morrigan começou, falando com
Rupert _ mas penso que será mais prudente dar a responsabilidade desse título a
alguém mais adepto. Se concordar, estarei pronto para assumir este cargo.
_ Pois eu acho, _Joseph iniciou, antes de mais ninguém _
que está na hora de me dar a responsabilidade que mereço e que devo ter.
_ Concordo com vossa alteza, meu rei. _ Darius interviu _
Dar a Morrigan o comando das tropas de Parménio não seria proveitoso. Já da ao
príncipe seria uma boa oportunidade de treinamento militar, aquele que todo rei
dever ter.
_ Parménio. _ Rupert voltou-se novamente a ele _ Deposto
ou não, fora você quem comandou essas tropas por anos a fio. Cabe a você a
decisão.
Expectativa banhava o lugar. A maioria dos lordes
esperava que fosse dado a Joe essa honra, assim como a escolta do rei. Os
homens de Parménio, por mais que fossem leais ao seu senhor, prefeririam ter a
Joseph como líder, pois lhes inspiraria confiança e liderança. Diferente de
Morrigan, que suspeitavam não ser o melhor dos comandantes.
_ O poder deve ser dado àquele que tem o destino de
governar. Será uma honra ver minha antiga tropa ser comandada por vossa alteza,
meu príncipe. _ disse com uma pequena reverencia, e um sorriso no rosto.
Palmas foram ouvidas dos soldados que há pouco
batalharam. Rupert, mesmo ainda de mágoa com o filho, sorriu orgulhoso e oi
caminhando até ele. Fez ele se ajoelhar e tirou a própria espada da bainha,
dizendo aquilo que faria de Joe um comandante de sua própria tropa.
_ Eu, Rupert VI da Casa Jonas, Soberano de Aurum, concedo
a você, Joseph III da Casa Jonas, príncipe e herdeiro do trono de Aurum, o
título de Lorde de Arryn. Levante-se, milord. _ de pé, Joe recebeu a espada, o
cervo prata brilhando a luz do sol.
Depois disto, o rei, sua escolta e seus lordes voltaram,
ficando apenas Parménio. Joseph fora até ele, querendo-lhe pedir desculpas, o
mesmo tempo que prometeria que cuidaria bem daquela tropa.
_ Poupe suas palavras, meu príncipe. Como pode ver, já
sou velho, não duraria muito mais neste posto. Somente posso agradecer por me
dar este tempo para aproveitar minha família, antes que seja tarde demais.
_ Cuidarei de seus soldados, Parménio. _ disse dando a
ele sua espada já limpa do sangue. Uma espada pela outra.
_ Sei que irá. Somente não os deixe treinar com Morrigan,
podem voltar mais molengas do que gazelas. _ disse provocando risadas _ Agora,
se não se importa, quero dar uma última palavra com meus homens.
_ Claro. Lhe deixarei a sós. Se puder me fazer este
favor, diga para, por hoje, tirarem o resto do dia de folga em recompensa pela
bravura que demonstram. E amanhã para estarem a postos para podermos treinar.
_ Claro, meu príncipe.
Sem se demorar, Joseph apenas acenou com a cabeça para os
soldados, recebendo comemorações em troca. Admiravam a coragem do príncipe em
ficar para lutar, mesmo estando em um número completamente menor. Isto era a
fúria da bravura.
(...)
Uma das coisas que Joseph mais adorava em Demetria era a
necessidade dela de ficar nos fundos da casa cuidando das tarefas do lado de
fora. Facilitava em muito a vida dele para chamá-la. Mal ele sabia que ela
trocara as tarefas com sua mãe justamente para ficar mais tempo do lado de
fora, esperando por ele.
Depois do típico assovio, Demi sabia que ele estava ali.
Sorriu para si mesma e levantou-se, limpando as mãos e caminhando para dentro
do bosque, encontrando-o recostado em uma grande árvore.
_ Tem o resto do dia livre? _ perguntou sem rodeios, caminhando até ela e enlaçando-lhe a
cintura.
_ Não, mas posso ficar um tempo aqui com você. _ o abraçou de volta,
descansando sua cabeça em seu ombro. Mas ao segurar em seus braços, apertara o
corte, e ele estremecera levemente _ O que foi?
_ Nada de mais.
Mas Demi não desistiu. Avaliou braço por braço e viu um deles com uma parte
enfaixada. Tratou de abaixar o pano para ver o corte e logo o levantara
novamente. Nunca tivera estômago para sangue.
_ O que aconteceu? _ perguntou preocupada, o enjoo repentino logo
passando.
_ Nas últimas casas fomos surpreendidos por um ataque. Mas eram apenas
escravos, sem realmente experiência em batalha.
_ Mesmo assim, poderia ter se ferido mais. _ disse lhe acariciando os
braços, com uma cara tristonha que fazia dela muito fofa _ Não gosto de pensar
que está correndo perigo.
_ Mas não estou, e nem tão cedo ficarei. Tenho uma tropa agora.
_ Uma tropa? _ ela perguntou surpresa.
_ Está agora na presença do Lorde de Arryn. _ sorriu para ela, que
colocou as mãos na boca, admirada. Mas não tornou a se afastar, Joe a aproximou
de volta com suas mãos novamente em sua cintura.
_ Mas... Como isso?
_ Meu pai depôs Parménio do posto, pois foram os homens dele que
estavam a postos e nos ajudaram no ataque, isto sem uma ordem do rei. Para
evitar que caísse em mãos erradas esses homens, me sugeri para liderá-los, e
aqui estou. _ ela lhe sorriu e abraçou seu pescoço.
_ Estou muito orgulhosa de você! Deve ter lutado com muita bravura!
_ Acho que está na hora de você colocar seus lindos lábios nos meus, my
lady.
_ Com todo o prazer, meu amor. _ ela iniciou o beijo, que logo foi
assumido por ele.
Sim, ela havia falado “meu amor”. Havia escapado de sua boca e torcia
para que ele não tivesse prestado atenção. Não sabia se era a hora de dizer.
Estava indecisa quanto ao fato dele estar pronto ou não para ouvir. Pelo amor
de Deus, nem sabia se estava pronta para dizer!
Mas estando prontos ou não, Joe ouviu. Ouviu e foi como música para
seus ouvidos. Sim que não sabia ainda se amor estava dentre os sentimentos que
nutria por Demi, mas sabia que forte eles eram. Essas duas palavras simples
ditas por ela seriam de grande ajuda. Mesmo que não intencionalmente,
estavam-o incitando a pensar no assunto e, por fim, decidir-se sobre seus
sentimentos.
_ Pois bem, _ Demi começou _ acho que devo retornar.
_ Nem pensar, querida. _puxou os braços dela para lhe enlaçar a
cintura, enquanto suas mãos continuavam em seus braços, acariciando. Beijou-lhe
o topo da cabeça antes de continuar _ Disse que poderia ficar um tempo comigo.
Pois então exigirei este tempo. Agora e hoje à noite.
_ Hoje à noite? _ ela tentou, mas o tom preocupado não lhe passou
batido.
_ Veremos um vestido para você. Será a mais bela moça presente em meu
baile. Depois de anunciada minha noiva, todos te olharam e cada homem sentira
inveja de mim por ter em minha posse uma mulher tão bonita.
_ Está exagerando. _ ruborizou.
_ Duvida de minha palavra? Pois então verá na noite do baile. Mas antes
precisamos providenciar um vestido. Sei onde encontrá-lo. E poderá escolhe-lo.
_ Escolher um vestido? _ o pensamento dela parecia longe diante desta
possibilidade.
_ Sim, querida. Por que essa cara? _ beijou-lhe a bochecha.
_ Nunca escolhi um vestido antes. Sempre usei os que podíamos fazer, ou
os antigos de minha mãe. _ Joe se comoveu. Nunca realmente parou para pensar no
quanto a vida dela fora dura.
_ Não se preocupe, querida. De agora em diante tudo irá mudar. Cuidarei
de você. _ e a abraçou como nunca antes, querendo realmente lhe passar abrigo.
Agora que a tinha, cuidaria muito bem dela.
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Heey pessoal.
Com os 8 coments no cap onze e 5 (que na vdd foram 3) no doze (uma queda, hein. Estou sobrevivendo com isso, mas queria mais coments :( ) achei que mereciam ler mais um pouco depois dessa vitória sufocada do Brasil haha'
E resposta aos coments de novo ^^
Mariana: Sim, seria uma boa ideia a Dem cuidar dele kk' Mas acho que está se confundindo com a Candace e a Catherine. Catherine é a filha do Harold, o rei inimigo, e Candace uma recalcada do mesmo reino que Jemi kk' Que bom que ficam felizes kkk' Beijos~
Jubs: Olha, pra falar a verdade, postando esse capítulo fico só com dois parágrafos do quatorze kk' mas procurarei me adiantar hoje. E não escrevo duas ao mesmo tempo, na verdade são treze ou quatorze kk', por isso minha falta de criatividade as vezes, pq tenho que dividi-la em tudo isso de história. E que bom que pode voltar a escrever ^^ Gostei disso de meio que dar motivação haha' Quando voltar a escrever e quiser dicas, pode me chamar que funciono coo leitora VIP haha' Beijos~
Juh: Bom, seu palpite tava meio longe, mas acertou que nada de ruim aconteceu, Ao contrário, coisas boas haha' Continue comentando, oks ^^ Beijos.
Ah galera, mais uma coisa. Queria saber se alguém aqui é boa com layout do blogger. Pra próxima fic quero ter um layout que seja como fixo para todas as histórias. Queria um tipo o do blog Paradise Fics (claro que antes pedirei autorização pra ter um parecido) e queria saber se alguma de vocês não tem esse dom mágico :D Se tiverem, me avisem por favor!! Dae adiciono no whatsapp pra conversarmos com mais facilidade.
Ah, e mais uma coisa, queria meio que fazer uma dinâmica com vocês. Faz tempo que não faço nenhum cap dedicado a ninguém, então queria fazer o seguinte: a cada capítulo, cada leitora coloca no seu comentário duas coisas que acham que vai acontecer no próximo cap. A que mais me agradar vencerá. A ideia de ser duas opções é pra ainda assim ter um mistério, pois colocaria a dedicação, mas vocês não saberiam qual das duas opções. Isso seria só uma ideia e começaria no cap fifteen, se concordarem. Falem aí o que acham e até já deem as duas opções, se der ^^
Agora que já falei demais, vou indo kk'
Beijos~
que bom q está td bem com eles. e esses morrigan mostrando as asinhas hein :c
ResponderExcluirai deus... Jemi :) tomara que.td fique bem com eles nesse baile
possta logoo
Ah.... Foi mal. Hehe
ResponderExcluirCaaaaara Joseph Gatão agora é Joseph Gatão lutador. Ti lindduuuuu! ❤
Posta logo, ok? Bjemi!
Hehhe desculpa pelos 6847 comentários excluídos. É que leio e comento pelo celular, daí a minha internet não é la essas coisas e quando eu ia comentar dizia q dava falha mas quando atualizei a pagina tinha trocentos comentários meus uehubfkk
ResponderExcluirAnyway... Agora sim entendi hahhah, juro q achei que era outra história, aham sou lerda.
Cara, eu comecei a escrever, ainda não tenho um nome e nem sei se futuramente vou postar em algum lugar. To indo devagar mas to indo. E pode deixar, se precisar de alguma ajuda já sei qual será minha fonte!!
Olha, não sei se ajuda nisso que voce falou do layout do blog, mas eu sei fazer banner. Não fica aquela coisa maravilhosa, hiper profissional mas fica uma gracinha, modestia a parte kkkkkkkk quando eu tinha um blog de fics eu fiz um pra mim e me apaixonei, pra falar a verdade kkk mas voltando ao foco da coisa... Agora eu to usando o celular mas depois eu dou uma olhada nesse blog que você citou, e se tiver ao meu alcance eu posso te ajudar, se quiser. Ainda nao vi como é o layout do outro blog mas se for como to imaginando, posso tentar.
E falando do cap: JEOVÁ CHEIROSO que nervoso me deu. Misericreusa! Achei que ia acontecer alguma coisa com Joe, ai tadinho. Esse pai do Joseph é um mané mesmo! E O BAILE! ai meu Deus, o baile!!! Mal posso esperar pra esse baile. Acho que vai acontecer tanta coisa nele, sei lá! Aiaiaiai poste logo!!!
adorei este capitulo e anterior estão perfeitos
ResponderExcluirPosta logo
beijokas
Ps: lembraste do meu blog http://jemiamorparasempreforever.blogspot.com/
iliminei as minhas historias e ja tenho uma nova chama-se "Jemi - Amor dos Desejos"
podes dar uma olhada se gostares da historia comenta e se quiseres seguidora também.
*o*
ResponderExcluirPoste logo! to adorando a fic!
Bjs