My Princess - Chapter One

Tudo estava tranquilo no reino de Aurum. O jovem príncipe treinava no jardim do palácio com sua espada. Fazia movimentos rápidos e precisos, desarmando e deixando impressionados os guardas que o ajudavam a treinar.

 _ Impressionante príncipe Joseph! _ Morrigan, o melhor amigo do príncipe dizia _ Mas ainda tem de treinar um pouco mais seus reflexos.

 _ Consegue fazer melhor, Morrigan? _ brincou Joseph apoiando a espada em seu ombro.

 _ Com toda certeza, meu amigo.

 _ Então venha! _ posicionou a espada.

_ Receio que não poderei agora, príncipe. Tenho assuntos a tratar com seu pai. _ desencostou-se da árvore em que encontrava-se apoiado _ Talvez mais tarde possamos começar este duelo.

_ Tudo bem, Morrigan... Mas não me esquecerei dessa promessa.

Morrigan fez uma reverência e caminhou para fora do jardim, indo em direção à entrada do palácio. Andando pelos enormes corredores do castelo, dirigiu-se a sala de reuniões onde somente o rei Rupert, o pai de Joseph, encontrava-se.

_ Vossa Alteza...

_ Morrigan, que bom que chegou. Temos assuntos sérios a tratar. _ sentou-se em sua cadeira e fez um gesto para seu amigo sentar-se também _ Um dos guardas que vigia os arredores do reino avistou um soldado de Aglorum espionando. O soldado fugiu, mas aparentemente não havia roubado nada nem machucado ninguém.

 _ O que quer que façamos majestade? Seria tolice ir atrás do soldado.

 _ Não quero que vá atrás do soldado, mas quer preparem nosso exército.

_ Preparar o exército? _ questionou confuso _ Por que alteza?

_ Está obvio que Harold mandará seu exército nos atacar em breve. Quero todo e exército a postos. _ esclareceu _ E também quero que avise a Joseph. Já está na hora dele saber da situação da inimizade dos reinos.

_ Não acho certo contarmos a ele, vossa majestade. Joseph ainda é muito jovem e... _ fora interrompido _

_ Meu filho já tem vinte e três anos. Ele tem de saber o que acontece um Aurum se quiser assumir o trono um dia.

 _Senhor, por favor...

 _ Não quero discussão, Morrigan. Apenas diga a Joseph. _ levantou-se para retirar-se _

_ Não podemos esperar até o príncipe completar vinte e quatro anos? Neste meio tempo ele poderia preocupar-se em arranjar uma noiva. _ sugeriu _

_ suspirou _ Tudo bem. Até completar vinte e quatro anos, mas não passará disto. Até mais, amigo. _ saiu da sala.

Morrigan bufou irritado e se retirou do salão, indo para seus aposentos. Graças a um deslize seus planos haviam saído da linha. Teria de encontrar outro jeito de prosseguir com eles sem que percebessem, ou seus dias estariam contados.

(...)

Na biblioteca o príncipe de Aurum, que já havia terminado seu treinamento, procurava algo bom para ler, mas fora interrompido por seu pai que entrava no lugar, vindo em sua direção.

_ Podemos conversar, meu filho?

_ Claro pai. Venha, vamos nos sentar.

Após sentarem-se, Rupert o encarou seriamente. Não sabia se o príncipe aceitaria esta notícia, mas estava certo de que Joseph seguia todas as leis do reino, e esta não seria diferente.

_ Há leis que todos os príncipes devem seguir antes de se tornarem reis, e você tem de cumpri-las também. _ o encarou _ Terá de arranjar uma noiva até seu aniversário de vinte e quatro anos.

_ Meu pai, terei mesmo que me casar alguém que mal conheço?

_ É a lei, meu filho.

_ Pai, eu não apoio esse tipo de lei, não me agrada ter de casar com alguém só por seu título de nobreza. Porém, sei de minhas obrigações para com o reino, por isso... Por isso cumprirei a lei. Acharei uma noiva nobre e cumprirei com a tradição.

_ Se servir de exemplo, olhe para mim e sua mãe. Casei com ela contra minha vontade, mas agora nos amamos e estamos mais que felizes. _ sorriu _ E, se quiser, te ajudarei a encontrar a noiva perfeita.

_ Obrigado pai. _ o abraçou.

_ Agora vá comer alguma coisa e depois descansar. Amanhã será os preparativos para a festa dos fundadores, e você prometeu ajudar.

_ Não se preocupe, ajudarei sim. _ riu _ Vou passar na cozinha pegar algo.

Despediu-se do pai e seguiu para a cozinha. Há esta hora não haveria ninguém, nem os cozinheiros, mas surpreendeu-se quando viu uma moça lá. Aparentemente ela estava limpando a cozinha. Aproximou-se lentamente, querendo não fazer barulho, mas falhou. Esbarrou em algumas panelas fazendo-as caírem ao chão e provocando um barulho alto, o que fez a moça levantar assustada.

_ Me desculpe, não queria atrapalhar seu trabalho. _ disse Joseph. _ Desculpe por derrubar as panelas.

_ A culpa foi minha por deixá-las aqui. _ apressou-se em ir juntá-las _ Desculpe-me pela incompetência, vossa alteza.

_ Deixe-me ajudá-la. _ se agachou.

_ Não senhor. É trabalho meu. _ pegou as panelas e levantou-se para colocá-las no armário.

_ Você trabalha aqui? Nunca a vi antes.

_ Me contrataram há pouco tempo, senhor.

_ Poderia me dar algo? _ encostou-se no balcão.

_ O que quiser, vossa alteza.

_ Poderia me trazer algo para comer? Amanhã acordarei cedo para ajudar no festival e preciso de algo agora repor as energias.

_ Claro, senhor. Quer que eu prepare alguma coisa em especial? Posso fazer ovos, bacon, ou frango se o senhor desejar, ou também... _ interrompida _

_ Não, não... Não precisa de nada disso. Somente um pão estará de bom tamanho.

_ Claro, senhor.

Ela foi para a dispensa e trouxe consigo três fatias de pão. Colocou-as em um prato e passou manteiga em cada uma delas. Colocou-as na mesa em que ele estava próximo e afastou-se abaixando a cabeça.

_ Muito obrigada. _ agradeci _

_ É o meu trabalho senhor.

Sentou-se em uma cadeira e começou a comer as fatias de pão enquanto ela voltava a fazer suas tarefas. Percebeu que ela evitava olhar para ele, mantendo sempre sua cabeça baixa. Assim que terminou, a bela moça retirou o prato e ao invés de ir embora, o príncipe ficou encarando-a.

_ Deseja mais alguma coisa, vossa alteza? _ perguntou ao perceber que ele ainda estava ali.

_ Qual é seu nome?

_ Ér... Demetria, senhor.

_ Vai ao festival depois de amanhã?

_ Sim. _ sussurrou.

_ Hum... Te vejo lá, então. _ exibiu um meio sorriso e saiu da cozinha.

Aparentemente aquela jovem não tinha nada de especial, mas o jeito como ela evitava olhá-lo parecia tímida em sua presença o intrigou. Geralmente todas as mulheres se insinuavam para ele, não importa quem fosse.

Deixando seus pensamentos de lado fora para o quarto descansar. Amanhã ajudaria seu pai e os soldados na arrumação para o festival dos fundadores do reino de Aurum.

Ao contrário de todos os outros, ele não era um príncipe esnobe e mimado. Aprendera com seu pai a respeitar a todos, seja qual for sua classe social. A expectativa era de que seu reinado fosse justo e alegre para todas as pessoas do reino.

(...)

_ Acho que está bom, meu pai. _ falou posicionando a estátua.

Todos os anos, em todos os festivais o reino homenageava os fundadores com belíssimas estátuas de marfim, onde, quem quisesse, deixava flores aos seus pés.

_ Joe, meu filho. Peça para que algum soldado vá buscar ovos no comercio local. Para fazer o enorme bolo precisará de mais ovos do que tem em nossa cozinha.

_ Deixe que eu mesmo irei buscar.

_ Tem certeza? Será prudente o príncipe sair no meio da multidão que é o mercado? _ perguntou preocupado.

_ Eu sei me cuidar, pai. _ sorriu divertido.

_ Então vá.

Joseph pegou seu cavalo e rumou para o mercado. Lá avistou várias barracas, poderia ir em qualquer uma, mas viu uma em especial. Nela estava a mesma moça que viu na noite anterior, na cozinha do castelo. Ela sorria enquanto conversava com as pessoas para quem vendia as mercadorias.

Amarrou seu cavalo em um tronco de árvore e foi caminhando em direção à barraca da moça. As pessoas que ali estavam o olhavam e arregalavam os olhos de surpresa. Nunca viram o príncipe no mercado, junto com o povo simples. Serviçais do castelo que faziam as compras.

Ao chegar à barraca de... Demetria, ela se espantou ao vê-lo ali. Ficou envergonhada, e mais ainda quando ele sorriu ao perceber suas bochechas coradas.

_ Ér... Vossa alteza, que surpresa tê-lo por aqui. Deseja alguma coisa? _ perguntou embolando as palavras.

_ Na verdade sim. Para o festival dos fundadores os cozinheiros farão um enorme bolo, mas estão faltando ovos na cozinha. Quis eu mesmo vir aqui e comprá-los. Teria ovos aí? _ perguntou fitando-a. Ela continuava de cabeça baixa.

_ Sim, senhor. Quanto deseja? _ perguntou já pegando um papel para fazer um embrulho.

_ Hum... Quero todos.

_ Todos? _ perguntou surpresa.

_ Sim. Tem algum problema? _ questionou vendo a expressão dela.

_ Não, não, claro que não. Vou embrulha-los para o senhor.

Joe ficou observando-a enquanto ela embrulhava todos os ovos que ali havia. Não demorou muito ate que ela lhe entregou o pacote. Ele, então deu o dinheiro pela mercadoria.

_ Vossa alteza, aqui tem mais do dobro do valor desses ovos.

_ Pode ficar.

_ Não posso aceitar, senhor. _ disse estendendo a mão com a diferença de dinheiro.

_ Eu ordeno que aceite. _ empurrou a mão dela _ Até amanhã... Demetria.

Falando isso saiu de perto da barraca levando consigo o embrulho dos ovos. Olhou uma vez para trás e deu uma risada breve quando ela corou, pois seus olhares haviam se cruzado.

Sem demorar muito, desamarrou seu cavalo e seguiu novamente para o palácio. Deixou o pacote com os cozinheiros e voltou a ajudar seus pais e os soldados nos preparativos.

Passara o resto do dia assim, ajudando-os e pensando em Demetria. Aquela jovem havia lhe despertado a atenção. Talvez pelo seu jeito tímido ou pela beleza que ela tinha. Podia afirmar que ela era a moça mais linda que já havia visto em toda sua vida, e pretendia vê-la mais vezes.

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Como prometido, aqui está o capítulo ^^

Espero que gostem dessa história. Um curiosidade era que ela estava programada para ser excluída, mas eu decidi voltar atrás (ainda bem, kkk), eu amo histórias que se passam nesse tempo e não aguentaria excluir ela kk,

Por favor, comentem o que acharam, assim eu posso ver se continuo com ela ou não, sabem como é...

Bom, então até mais! Vejo vocês logo ^^