Com seu vestido curto, cabelo preso e uma cesta em mãos Demetria
começava o dia. Caminhava pelos fundos da casa e colhia as frutas e verduras
maduras da pequena horta que ali havia e, depois, pegava os ovos que haviam
sido botados pelas galinhas.
Demetria era uma camponesa simples que vivia com seus pais em uma
humilde casa. Era uma garota linda, inteligente e simpática. Todos se
encantavam com sua doçura, sua gentileza...
Mas a vida que ela leva não é nada fácil. Ela e seus pais lutam para
conseguir sobreviver com o pequeno comércio que tem no mercado local e com a
criação de animais. Recentemente Demetria começara a trabalhar no palácio do
rei para tentar aumentar a renda da família, mas não esperava encontrar certa
pessoa lá.
Neste momento, enquanto alimentava as galinhas, lembrava-se do pequeno
incidente que fora encontrar o príncipe na cozinha do castelo. Já ouvira
histórias dizendo que o príncipe era o homem mais belo que alguém já poderia
ter visto, mas esta descrição parecia não ser suficiente aos olhos dela.
O príncipe tinha a beleza dos deuses! O sorriso poderia encantar todas
as mulheres do mundo. Apesar de permanecer de cabeça baixa quase todo o tempo,
ela percebera cada traço de seu rosto másculo e ao mesmo tempo suave. A mulher
que fosse escolhida como sua noiva seria a moça mais sortuda do reino.
_ Filha, venha me ajudar! _ gritou sua mãe de dentro de casa.
_ Já estou indo, mãe! _ gritou de volta e foi caminhando para dentro da
casa.
Sua mãe encontrava-se na cozinha preparando a torta deliciosa que
somente ela sabia fazer.
_ Fazendo torta, mãe? _ perguntou lavando as mãos.
_ Sim, filha. Levarei para o festival. É hoje, esqueceu? _ colocou a
torta sobre o fogo para assar _ Parece que esse ano será mais esplêndido ainda.
_ comentou sorrindo.
_ Espero que seja. Eu amo todos os festivais dos fundadores! _ sorriu _
Pretendo aproveitar este. Você e o papai ficaram até mais tarde?
_ Não. Amanhã ainda teremos que acordar cedo para levar alguns animais
até outro vilarejo, então não ficaremos até muito tarde. Só o suficiente para
aproveitarmos a festa. Mas você, Demi, aproveite muito bem. Quem sabe não é seu
dia de sorte e encontra uma paquera. _ soltou uma pequena risada.
_ Mãe, não procuro homens e a senhora sabe disso. _ revirou os olhos.
_ Demi, já está mais do que na hora de você se relacionar com alguém.
_ Só tenho vinte e dois anos, mãe. E mesmo assim não vejo o porquê de
ter de arrumar alguém. Estou muito bem sozinha. _ começou a cortar as frutas.
_ Eu sei, querida. Mas mesmo assim... Você é jovem, mas não será para
sempre. _ tentou argumentar _ Os homens desse reino rastejam por você e tem que
aproveitar enquanto isso dura.
_ Nenhum deles me interessa, mãe.
_ Não pode esperar para sempre o homem perfeito aparecer. Terá de se
casar um dia. Sabe aquele garoto? Jeremy, acho que é o nome. Ele é um lenhador,
é humilde, mas pode te dar uma vida boa dentro dos padrões simples. Ele é louco
por você! Deve investir nisso! _ encorajou-a.
_ Eu não gosto dele mãe! Não me casarei com ele se não o amar. Seria
injusto com ele. _ suspirou _ Por favor, vamos encerrar esse assunto, não quero
discutir com a senhora.
_ Tudo bem. Vá começar a se arrumar, deixe-me terminar aqui.
_ Obrigada. _ retirou-se.
Demetria deixava seu melhor vestido para usar no dia do festival. Era
um vestido longo, azul escuro e possuía alguns detalhes em prata. Não era muito
extravagante, mas era o vestido que caia perfeitamente em seu corpo, ressaltando
suas curvas perfeitas.
Depois de tomar um banho, Demetria começou a se arrumar. Colocou o
vestido e penteou o cabelo, deixando-o macio e sedoso. Quando terminou fora
encontrar seus pais, que já estavam do lado de fora.
_ Está linda, Demi. _ falou seu pai quando a viu saindo pela porta.
_ Obrigada pai. _ sorriu docemente.
Seguindo para o festival, já começaram a se divertir. Havia barracas
com deliciosas sobremesas e vários outros tipos de comida. Na festa, tudo era
de graça, mas todos sempre queriam o bolo oferecido pelos cozinheiros do
palácio. Era a melhor sobremesa da festa, menos para Demetria. Para ela, a
melhor era a torta de frutas de sua mãe.
(...)
Joseph estava a caminho do festival. Seu pai insistira que ele deveria
ir na carruagem junto com eles. Mesmo contra a vontade, ele foi.
Joseph era um príncipe diferente. Gostava de se aventurar, se divertir
e, acima de tudo, ajudar aos outros. Sabia de suas responsabilidades, mas
preferia ignorá-las enquanto ainda havia tempo. Tempo que estava curto, pois
teria que arranjar uma noiva, algo que não queria fazer.
Deixando seus pensamentos de lado ele fora se divertir na festa.
Dançava incansavelmente até que avistou a bela moça dos dias anteriores.
Demetria... Esta era a terceira vez que a via, mas já estava encantado por ela,
que dançava com um garoto de, aparentemente, uns oito anos.
Fora andando até ela e recusando o pedido para dançar de outras moças.
A chegar perto de Demetria, o menino que dançava com ela se assustou vendo o
príncipe parado atrás da moça.
_ Será que posso roubá-la de você? _ indagou com a voz rouca.
Demetria se assustou e virou imediatamente ao som daquela voz. Quando o
príncipe havia dito que se veriam no festival não acho que ele procuraria por
ela. Imperceptivelmente o garoto saiu dali e Joseph disse para ela.
_ Daria-me o prazer desta dança, bela moça? _ estendeu-lhe a mão.
_ Ér... Claro, alteza. _ segurou a mão que ele lhe oferecia.
Joseph a puxou para perto e começaram a dançar ao ritmo da música que
tocava. Ele olhava intensamente nos olhos dela e mantinha um sorriso de lado no
rosto, tais coisas que a deixaram envergonhada.
_ Sabe... Poderia parar de me chamar de alteza, senhor, majestade... _
ele indagou casualmente.
_ Isto não seria muito apropriado. Tenho de usar um destes termos, afinal,
o senhor é da realeza. Não um simples nobre, mas sim o príncipe. _ ela disse.
_ Mesmo assim, não gosto que fiquem me chamando assim. Prefiro Joseph,
ou apenas Joe. _ exibiu um meio sorriso.
_ Senhor, é uma falta de respeito eu chamá-lo assim.
_ Então eu ordeno que me chame de Joseph ou Joe. Darei-lhe a liberdade
para escolher. _ exibiu um sorriso matreiro.
_ Está bem, mas só porque está ordenando. _ desistiu exibindo um
sorriso envergonhado _ O que o traz até aqui, me chamando para dançar?
_ Não sei. Somente me deu vontade de chamá-la, nada mais.
Não iria dizer a ela que havia se encantado com sua beleza e timidez.
Mesmo sendo um príncipe, seria demais aguentar tanta humilhação diante de uma
confissão dessas.
_ Nunca havia o visto aqui, com as pessoas simples. Sempre ficava com
os nobres...
_ Só porque meu pai me obrigava. Mas este ano, milagrosamente, ele me
deu liberdade para ficar onde quisesse nesse festival. _ disse, fazendo-a rir _
É engraçado?
_ Na verdade sim. Não pensava que o príncipe era controlado por seus
pais ainda. Já não tem vinte e dois anos? _ questionou.
_ Vinte e três, e faço vinte quatro daqui a alguns meses. Mas sabe,
Demetria... _ sorriu _ ... Um príncipe geralmente é controlado por seus pais
até o dia em que vire rei.
_ Ou seja, grande parte de sua vida.
_ Sim, grande parte de sua vida.
_ Sabe... Joseph... Posso estar errada, mas penso que ser nobre traz
muitas desvantagens, não é? _ perguntou a ele.
_ Está certa. Não tenho liberdade, e parece que meu destino está
traçado desde que nasci. _ bufou _ Só queria ter um pouco de liberdade às
vezes. Queria seguir meu próprio caminho sem te alguém falando tudo o que tenho
que fazer. _ olhou-a _ Desculpe-me estar desabafando com você. Não tem de
escutar minhas reclamações. Aposto que pensa que sou alguém mimado que não está
feliz, mesmo tendo tudo o que deseja.
_ Não penso isso. Não sei exatamente como é sua vida, mas já vi pessoas
ditando a você como deve se comportar. Acho isso uma injustiça. Em minha
percepção, todas as pessoas poderiam modelar seu próprio destino, as suas
escolhas. _ sorriu, imaginando.
_ É um belo pensamento. Temos os mesmos desejos, Demetria. Mas se me
permite perguntar... Por que pensa assim? No que eu sei, você não tem pessoas
querendo controlar sua vida. _ questionou confuso, querendo saber o que se
passava na mente dela.
_ Muito pelo contrario. Meus pais querem arranjar um noivo para mim,
mesmo sendo contra a minha vontade. _ suspirou _ Mas pelo menos sei que eles
tentam fazer isso pelo meu bem. Querem que eu tenha uma boa vida depois que
eles se forem.
_ Temos mais um desejo em comum. Não queremos ter casamentos arranjados.
_ É verdade. _ deu um breve sorriso _ Alte... _ se auto interrompeu_
Joseph... _ soltou uma risada baixa _ Gostaria de experimentar a melhor torta
de frutas de todo o reino?
_ Hum, claro que sim!
_ Então venha!
Demetria fora caminhando entre a multidão que dançava e Joseph a
seguia. Sua mãe ainda não havia levado a torta para a mesa de sobremesas, então
ela ainda permanecia intacta em sua casa. A moça levou o príncipe até a porta
de sua casa e pediu para que ele a esperasse do lado de fora. Uns minutos
depois trouxe consigo dois pratos com pedaços da torta.
_ Aqui está! A melhor torta de frutas de toda Aurum! _ sorriu.
_ Deixe-me ver. _ provou um pedaço _ Meu Deus, é esplêndida! Foi você
quem fez?
_ Não, foi a minha mãe, mas estou aprendendo com ela.
_ Terá sorte o homem que se casar com você. Tendo uma receita de torta
dessas irá agradá-lo sempre. _ riram _ Quanto custaria você e sua mãe fazerem
algumas dessas tortas e mandarem para o palácio?
_ Ér... Não sei, Joseph. Nunca vendemos as tortas antes. Minha mãe faz
somente às vezes para ocasiões especiais e para os festivais.
_ Minha festa será daqui a alguns meses e eu iria adorar que tivesse
essas tortas no cardápio. Pagarei o quanto for preciso, é só dizer o preço.
_ Hum... Falarei com minha mãe, ela saberá negociar melhor do que eu.
_ Está bem. _ continuou saboreando a torta.
Os dois continuaram ali, sentados e conversando por um tempo, não se
importando com mais nada. Sentiam como se pudessem conversar sobre qualquer
coisa entre si.
(...)
_ Demetria, você é uma ótima dançarina! _ falou sorrindo largamente
enquanto dançava com ela.
_ Me chame apenas de Demi, Demetria é muito formal!
_ Está certo, Demi. _ sorriu _ Espere um segundo.
Joseph se distanciou de Demetria por um instante para ir até os
músicos. Pediu para que tocassem uma valsa e, como era um pedido do príncipe,
não recusaram. Voltou a se juntar a Demi e a puxou, segurando sua cintura e sua
mão.
_ Vi que é uma ótima dançarina para músicas agitadas, mas vamos ver se
é tão boa assim em uma valsa.
Começaram a dançar no ritmo da música e Joseph ficou surpreso. Demetria
era graciosamente linda dançando valsa. Seu corpo se movia com uma leveza nunca
vista antes por ele. Pegou-se sorrindo enquanto dançava com ela, analisando
todo seu rosto, que permanecia com os olhos fechados.
_ Ér... Com licença.
Joe e Demi separaram-se ao ouvir aquela voz. Ele não fazia ideia de
quem era, mas ela sim. Era Jeremy, o garoto que gostava dela e fazia de tudo
para ter sua atenção.
_ Quer dançar comigo, Demetria? _ perguntou Jeremy, oferecendo-lhe a
mão.
_ Agora ela está dançando comigo. Gostaria de terminar esta música com
ela. _ fora Joseph quem respondeu.
_ Acho que tenho o direito de dançar com minha noiva.
_ Se ao menos eu fosse sua noiva, você teria. Mas não sou. _ argumentou
e voltou a olhar Joseph.
_ Vamos Demi. Somente uma música. Não fará mal a você dançar um
instante comigo. _ suplicou a ela.
_ Está bem. _ suspirou _ Mas somente uma música. _ olhou para Joseph _
Não se importa, não é?
_ Claro que não. Vai lá. Ficarei por aqui mesmo.
Joe olhou enquanto o menino loiro de olhos claros a puxava para o meio
da multidão. Não daria para saber qual era a idade dele. Era relativamente
baixo e tinha um rosto de criança, mas para se autodenominar noivo de Demetria
deveria ter pelo menos vinte e poucos anos. Mas, de qualquer jeito, ainda
parecia um adolescente.
Era evidente a alegria dele enquanto guiava desajeitadamente Demi em
uma dança. Via-se o brilho em seus olhos quando a olhava e Joseph sabia o por quê.
Qualquer um se sentiria altamente alegre se fosse noivo de uma moça tão bela e
graciosa.
E, pensando nisso, Joseph passou o resto da festa. Observava Demetria
de longe e, às vezes, conversava com ela. Tentara não parecer interessado nela,
pois envolver-se com ela era a última coisa que deveria fazer.
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Heeey!! Fiquei feliz em sabem que gostaram ^^
Sabe, pode parecer pouco, mas quatro comentários me rendem muita felicidade kkk,
Então, já que gostaram, decidi postar o dois antes ^^ Vocês merecem kk,
Ah, e eu cometi um pequeno erro. Tinha um Epílogo de Shadows e eu postei My Princess antes disso (#pokerface), maaaaaaaaaaas quem quiser ler o epílogo me avise e me passe o e-mail para eu mandar o arquivo ^^ Assim eu não me sinto tão mal de ter cometido esse erro kkk,
Enfim, espero que gostem desse também, vai ser uma história com muito romance, acima de tudo, mas é claro, vou colocar aquilo que quase toda história antiga precisa... GUERRA KKK, sqn~ Guerra é uma hipótese discutível kkkkk, Digam-me o que gostariam de ver em uma história antiga que nunca viram antes ^^
Então, como já disse tudo o que queria dizer, até mais ^^
Beijos~
Capitulo perfeito sim ou claro?
ResponderExcluirSiiiiiiiiim \o/ YEY!!!
Meu e-mail é Mariansbarrozo@hotmail.com
Posta logo, to amando essa história!!!!
Bjemi
Leitora nova,estou amando a ficc... Posta logoooooo
ResponderExcluirameeeeeeeeeeeeei ... garoto chato aquele q empatou o joe kkkkk
ResponderExcluirpossta logoo
Estou adorar esta historia, estou ansiosa para o próximo capitulo
ResponderExcluirposta logo
beijokas
PS: Podes divulgar os meus blogs e se gostares das minhas historias comenta
http://jemiamorparasempreforever.blogspot.pt/
http://jemiloveforeverlove.blogspot.pt/
http://jonasbrothersanddemi.blogspot.pt/
http://jeminelenacinderella.blogspot.com/
já estou amando a historia, então posta logo para eu não morrer de curiosidade.
ResponderExcluirQueria o epilogo, meu e-mail é: nanda.ferforever@hotmail.com