quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Shadows - Capítulo 10

Oi oi gente! Mil desculpas não ter postado. Não to conseuindo ligar o computador grande daqui de casa e com ele desligado a net do note fica ruim,mas finalmente cosegui abrir o blogger direito!!!! (Aleluia!!!!)
Aqui vai mais um capítulo...

Capítulo 10...

         Se eu esperava que fosse bom estar ao lado de Joe, eu estava enganada!!
         Foi pior do que com a Jessy, Joe leva muito a sério a preparação física.
         Para ele é fácil correr alguns quilômetros em volta da mansão, ou erguer vários quilos de peso de uma só vez, ou fazer 50 flexões seguidas.
         Na semana de sofrimento físico que se passou, nós não conversamos muito, os únicos sons que podem ser ouvidos eram a contagem de Joe, meu corpo estralando e meus gemidos de dor.
         No último dia, depois de um treinamento mais do que cansativo, ele me dispensa com um aceno, de uma forma muito ignorante.
         Estou furiosa, com raiva de mim mesma por ter ficado tão mole perto de Joe, ele nem demonstrou nada perto de mim, admito que fiquei um pouco decepcionada...
         Ainda está anoitecendo, todos estão tendo aulas, mas desta vez, ir para a cozinha não é uma opção e depois de meu último encontro nada agradável da última semana estou desencorajada a explorar a mansão, a única alternativa para mim é voltar ao meu quarto.
         E assim eu faço, eu não mudei muita coisa em meu quarto, apenas coloquei a cômoda no lugar do sofá preto e o sofá na parede oposta à cama, me pareceu mais agradável assim.
         Vou até o banheiro e ligo a banheira, em quanto ela enche tiro minhas roupas, me olho no espelho, essa semana de treinamento deu um belo resultado, estou em boa forma, não magra de mais, minhas costelas estão mais tênues, a cor voltou a minha pele.
         Lindsey me contou um dia, que depois que um vampiro bebe todo o seu sangue, seu corpo volta a produzir sangue, não o mesmo sangue humano, mas não satisfaz tanto um vampiro quanto o dos humanos.
         E fora a minha abstinência por sangue, ser um vampiro é basicamente ser a forma perfeita do ser humano, somos esbeltos, bonitos, em forma, atraentes.
         Entro na banheira com um suspiro, o ar é tão gelado, mas isso não me afeta, posso congelar que não vou morrer.
         É relaxante sentir o suave perfume dos sais de banho e a água quente, acabo caindo no sono, com rápidas repetições da visão que tive, de Hannibal me visitando...
         Corpos mutilados estão aos meus pés, estou de volta à floresta petrificada de meu pesadelo, cenas horríveis de sofrimento ficam passando diante de meus olhos...
         -Demi!Demi!!!!
         -AHHHHH!!!
         Acordo assustada, em quanto dormia eu escorreguei para dentro d’água, por ser vampira não morri, mas isso não me impede de entrar em desespero.
         Pulo para fora da banheira, cuspindo água e tremendo, alguém joga uma toalha sobre meus ombros, demoro algum tempo até conseguir ver Lindsey.
         Ela está com uma cara de espanto, ela me ajuda a me levantar e me secar da melhor maneira que conseguimos, ela fica me perguntando no que eu estava pensando e coisas do tipo.
         Ela me ajuda a vestir um pijama e me leva de volta ao quarto, onde me deita na cama, ela senta do outro lado, secando meu cabelo com uma toalha.
         Então percebo uma bandeja de prata no sofá, está com frutas, algumas fatias de peito de peru e queijo, Lindsey se levanta e traz a bandeja para a cama, colocando entre nós.
         Tento não parecer esganada, mas vou comendo o peito de peru aos montes.
         -Você não foi jantar, então pensei que estivesse com fome.- Diz ela atacando uma maçã- E também não comi, tava na cozinha preparando isso junto com o Hannibal.
         A fatia de peito de peru parece endurecer em minha garganta, não querendo descer, mas Linsdey repara no meu desconforto e coloca a mão no meu ombro.
         -Sei que você não gosta dele, Demi, mas um dia eu acho que você vai ver que ele fez o que era melhor para nós.
         Terminamos a refeição em silêncio, me espreguiço deixo a bandeja no chão, deito do lado direito da cama de casal e me espreguiço debaixo das cobertas.
         -Pode ficar comigo hoje?- Pergunto baixinho.
         Lindsey acena com a cabeça e deita do outro lado da cama, nos viramos, olhando uma para a outra, sem falar nada, apenas olhando uma nos olhos da outra.
         -No que você estava pensando?- Pergunta ela- Quando estava debaixo d’água?
         -Eu estava apenas lembrando de uma coisa- Respondo.
         Então conto a ela sobre meu encontro com Hannibal na cozinha, sobre o que ele disse, sobre o sangue e sobre a estranha visão que tive ao ele me abraçar, ela fim em silêncio, me ouvindo atentamente, quando eu termino ela fica pensativa até que fala:
         -A mente de um vampiro é diferente de um humano. Nossas memórias são como caixas-cofres, guardando informações até de quando somos bebês e ao contrário dos humanos, nó só aumentamos nossas memórias, tornando praticamente impossível esquecermos de algo, mas algumas dessas caixas-cofres estão lacradas e precisam de chaves para serem abertas.
         -Como conseguimos essas chaves?- Pergunto interessada.
         -Depende muito.- Responde Lindsey dando os ombros- Algumas vezes acontecem algo, uma ação ou uma conversa talvez, servem como chaves para certas memórias, algumas são fáceis de conseguir, outras nem tanto.- Ela me olha nos olhos- Mas parece que quando Hannibal te abraçou, liberou uma dessas chaves, o que indica que vocês tem uma relação profunda...
         O assunto morre ai, ela continuo pensativa, mas eu fico um pouco tensa, até que ela arregala os olhos, como se tivesse acabado de ter uma ideia, ela estende sua mão esquerda entre nós duas, deixando a palma virada para mim.
         -Demi, me dê sua mão.- Diz ela meio entusiasmada.
         Eu estendo minha mão e encosto igualmente na dela, quando nossas mãos se chocam, sinto uma pressão em meu coração, fazendo ele disparar.
         Pude sentir tudo o que Lindsey sentia, seus pés estavam frios, ela estava com sono, eu podia sentir o sangue de vampiro circulando em suas veias em direção ao coração, eu podia sentir até as sinapses de seu cérebro, então eu podia ver tudo, seus pensamentos, lembranças e sentimentos.
         Eu pude ver uma garotinha loira fantasiada de abelha, rindo e correndo em volta de uma piscina de plástico em um quintal verde.
         Então a mesma garotinha, ela parecia alguns anos mais velha, os cabelos estavam mais escuros, os enormes olhos cinzas brilhavam quando ela observava seu pai lhe entregar um pequeno violino.
         Afastei minha mão de Lindsey, com um só toque eu pude sentir e ver tudo o que ela é, eu aposto que se eu tivesse continuado eu poderia ter visto mais, mas para mim foi o suficiente.
         -Isso é um dom incrível, Demi.- Lindsey dá um risinho.
         Então ela se vira na cama e em poucos minutos sua respiração se torna pesada e ela adormece.
         No dia seguinte começa minha semana com de treinamento com Lindsey, comparado com as outra semanas, essa foi como um descanso, Lindsey é rigorosa, mas é brincalhona.
         Durante a semana eu aprendo diversos estilos de lutas, o básico de todas, mas me sinto preparada para qualquer desafio que aparecer por ai, ela me ajudou a desenvolver minha flexibilidade, me ensinou algumas danças também, ela disse que ajuda na liberdade dos movimentos.
         Porém, no fim da semana, sábado a noite, eu me sentia muito bem, mas apreensiva, pois ficava lembrando que agora que terminei o treinamento Hannibal vai me passar uma missão, então fico apenas esperando sua chegada.
         Lindsey e eu ficamos em uma sala de estar, em um dos sofás em frente à enorme lareira acesa, todas as outras luzes estão apagadas, hoje foi como um dia de folga para começar a preparar a mansão para o natal.
         É estranho como eu não marquei o tempo, então é compreensível que eu não tenha percebido um feriado tão importante, a neve caía grossa lá fora, mas eu estava de certa forma protegida dela, esquentando minhas mãos em uma caneca com chocolate quente.
         Atrás de mim, algumas pessoas enfeitavam uma enorme árvore de natal, algumas penduravam visgos nas janelas e coisas do tipo, o natal fazia parecer que somos jovens humanos ainda, felizes e cheios de energia...
         Mas a coisa mais chamativa e bizarra da sala era um casal, jogado em um dos sofás, de mãos dadas, sorrindo e se beijando, a garota era Kirstie, o homem não parecia ser muito mais velho do que ela, mas usava uma barba curta, seus cabelos castanhos e compridos estavam escondidos em uma toca.
         Lindsey e eu riamos em silêncio, isso era mesmo engraçado, Kirstie era a última pessoa que eu imaginaria que conseguiria um namorado, principalmente um bonito como esse, será que eu estou com inveja?
         Mal percebo Joe chegar na sala, eu estava brava com ele, por ele ter sido tão seco comigo, mas duvido que ele se importe com isso, ele fica em pé na minha frente.
         -Você vai conosco na próxima missão!- Diz ele sem nenhuma emoção- Você, sem sua amiguinha.
         Lindsey começa a falar algo, mas eu a interrompo antes de ela falar besteira.
         -E para onde vamos?- Pergunto meio sem jeito.
         -Leve um casaco!- Joe me olha de um jeito perverso- Vamos para a Russia.

3 comentários:

  1. AAhhh que perfeito.. <33
    Posta logo por favor..
    bjoss

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  2. Nooosssaaa!!!!!
    Mal posso esperar pelo próximo capituloooo
    posta logoo
    tá muito perfeiiiitoooo
    beeeijoos

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  3. AAAH
    Continuaa
    ta maravilhosooooo
    bjus
    Amando cada vez mais essa fic
    xoxo

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