My Princess - Chapter Seven

Eram duas da tarde quando a família real do Reino de Aurum embarcou na carruagem para a viagem até o Reino de Aglorum. A distancia entre os reinos era muito pouca, não era necessário mais de um quarto do horário de um dia para chegar ao reino vizinho.

Foram recebidos muito bem no reino vizinho, o que deixou Joseph mais intrigado ainda.

O rei havia cedido aposentos para que a família real de Aurum descansasse até a hora do jantar. Joseph mal conseguira dormir. Ao entardecer tomara um banho e começara a se arrumar.

_ Está pronto querido? _ perguntou sua mãe entrando no quarto.

_ Acho que sim. Preciso mesmo ir, mãe?

_ Sabe que é uma boa oportunidade para a paz. Seu pai apreciaria seu apoio em uma ocasião dessas. Não o prive disto.

_ Eu só não estou totalmente certo de que Harold quer mesmo a paz. _ confessou.

_ De um voto de confiança a ele. Poderá se surpreender. _ sorriu docemente e fora com o filho até o marido.

(...)

Após serem anunciados adentraram a sala de jantar e sentaram-se. Harold sentara na ponta. A sua esquerda sentara sua esposa e sua filha. À direita Rupert, Lílian e Joseph.

_Confesso que fiquei surpreso com seu convite. _ disse Rupert _ Não esperava por isso.

_ O que eu quero é acabar com esta rixa entre nós. As brigas que tivemos devem permanecer no passado, sem assombrar o nosso presente e atrapalhar o futuro. _ Harold dizia bebericando seu vinho.

_ Sim, mas como deseja selar um acordo?

_ Do jeito mais convencional. Uma união em matrimônio.

_ E quem seria o casal em questão?

_ Vamos Rupert, sei que sabe. _ Harold disse _ As únicas pessoas aptas para esta união são as que iram tomar o controle um dia. Seu filho, o príncipe Joseph, e minha filha, a princesa Catherine, devem se casar o quanto antes.

_ Como? _ Joseph interviu _ Não. Não será possível.

_ Deixe que eu resolva Joe. _ seu pai disse.

_ Sei que quer que seu filho se case antes dos vinte e quatro anos, e que mulher seria melhor para ser a esposa se não minha filha? Os dois assumiriam o poder dos dois reinos. Trariam a paz definitiva.

_ Isto é interessante. _ Rupert falou pensativo _ Mas não sei se é uma boa ideia.

_ E por que não? São nossos herdeiros, tem o sangue real correndo nas veias, são os futuros governantes. Quer melhores motivos que esses?

_ Ainda não estou certo.

_ Então por que não levamos a opinião de nossos filhos em questão? _ Harold sugeriu.

_ Eu não aprovo. _ Joseph logo se pronunciou.

_ Não fale hoje, jovem príncipe. Fale amanhã, depois de conhecer melhor minha filha.

_ Ainda assim não acho que... _ Joseph começou, mas fora interrompido.

_ Dividam o mesmo aposento esta noite. Conversem, se conheçam melhor!

_ Dividir o mesmo quarto? _ Lílian, a mãe de Joe falou _ Não acho que seja muito apropriado.

_ Então que converse no salão esta noite, ou amanhã, se adiarem em um dia a volta para Aurum.

_ Acho que assim poderemos fazer. _ Rupert falou.

_ Mas pai... _ Joe fora interrompido novamente.

_ Partiremos amanhã à tarde. Durante o dia Joseph e Catherine iram conversar melhor.

_ Ótimo. _ Harold disse, propondo um brinde.

(...)

Joseph estava, resumidamente, espumando. Não pretendia nem um pouco “conhecer melhor” esta princesa, ainda mais agora que conseguira ficar com Demetria. Todo a raiva acumulada ao longo dos anos pela pressão de ser príncipe vinham agora como um turbilhão de emoções.

Duas batidas na porta foram ouvidas. Joseph, que olhava a janela, não respondeu. A pessoa, que era sua mãe, entrou mesmo assim. Ela fechou a porta novamente e andou até ele, ficando ao seu lado.

_ Como está se sentindo? _ ela perguntou docemente.

_ Com vontade de matar alguém. _ ele murmurou e Lílian suspirou.

_ Eu tentei falar com seu pai, mas ele ainda acha que é uma boa ideia esse matrimônio. Acontece que seu pai é muito influenciável e a ideia de paz parece o paraíso para ele. Qualquer meio que apareça parece ser bom para a mente que ele tem.

_ Eu não vou deixar esse casamento acontecer, não vou. _ disse convicto, não falhando sua voz nenhuma vez.

_ Você se envolveu, não é?

_ Como? _ ele perguntou, virando o rosto para sua mãe pela primeira vez.

_ A garota, Demetria. Você se envolveu com ela.

_ Mãe, eu...

_ Não precisa explicar, meu filho. Eu sabia que isto acabaria acontecendo. Só não quero que se machuque quando tiver que se separar dela.

_ Eu não vou me separar de Demetria, mãe, não mesmo. Não vou ser capaz. Ela me faz feliz, e não quero que isso acabe.

_ Não lhe recorda que não pode? Sangue azul, Joseph, é isso que a mulher que se casar com você precisa ter.

_ Não vejo o que o sangue possa ter haver. _ ele disse, se irritando _ Mas preferia não ter nascido com sangue azul.

_ Filho, não fale isso, por favor. _ ela colocou a mão em seu ombro _ Eu estou dizendo que seria impossível vocês dois ficarem juntos, mas se for para acontecer, acontecerá. Deixe que o destino mostre. Converse normalmente com Catherine amanhã, deixe fluir. Se verdadeiramente não se interessar por ela seu pai entenderá. Mas seja verdadeiro, tudo bem?

_ Certo, mãe. _ ele suspirou abraçando-a uma vez _ Vou ser.

Lílian então se retirou dos aposentos. Joseph voltou a olhar a janela, querendo estar com sua Demetria mais do que nunca. Perguntava-se o que ela estaria fazendo agora e a resposta seria: pensando nele.

Demetria já estava de camisola, indo dormir, mas parara um instante para olhar a lua lá fora. Era incrível como em Aurum ela ficava tão grande e luminosa. Mas não era na lua que seus pensamentos estavam, mas sim em Joseph. Fora um dia, mas já sentia falta dele. Muita falta.

(...)

Logo após o almoço, Joseph e Catherine foram instruídos a conversarem a sós no jardim na lateral do palácio. Ele não estava nada à vontade, mas ela parecia bem relaxada com tudo.

_ Foi uma boa ideia, não é? O casamento.

_ Não, não foi nada boa.

_ Posso saber o porque de não achar que é?

_ Não acho certa a ideia de um casamento arranjado. _ continuou com seu semblante sério, que não havia mudado desde o momento em que acordara.

_ Está parecendo até uma mulherzinha falando. Eu que sou mulher não estou reclamando sobre o casamento, por que você deveria de estar? _ ela perguntou se virando par ele _ Não me acha bonita o suficiente para ser sua esposa? Ou não acha que servirei para atender seus desejos? _ esta princesa não sabia mesmo das coisas.

_ Não é nada disso. Eu somente não quero. Não há nada de errado com a senhorita, mas eu não a quero como esposa.

_ Tem uma amásia, não é?

_ Não, eu só... Olhe, não lhe devo satisfações de minha vida. Somente estou conversando com a senhorita por ordem de meu pai, caso contrário já estaria bem novamente em meu lar.

_ Sua grosseria não tem limites, como já percebi. Caso não tenha notado, este casamento é em prol da paz dos povos dos dois reinos. Se for tão egoísta assim para não perceber isso, não merece a coroa que lhe aguarda.

_ Distinguir se sou egoísta ou não, não está em suas tarefas. A coroa que me aguarda será bem usada e com ela conseguirei a paz que meu povo quer sem precisar arruinar minha vida com este casamento. Agora se me der licença, já conversamos o suficiente.

Joseph fez uma reverencia e se retirou dali. Catherine apenas ficou no lugar pensando que seria difícil convencer um homem teimoso desses a se casar com ela. Esperava que seu pai estivesse com a cabeça no lugar ao sugerir este matrimônio.

(...)

Joseph bateu duas vezes na porta da sala antes de entrar. Seu pai e sua mãe estavam tomando chá e conversando calmamente, mas suas expressões mudaram quando viram a carranca do filho.

_ Joseph, que cara é esta? _ seu pai perguntou, se levantando.

_ É a cara de quem não gostou nada da conversa com a princesa. Foi realmente uma brilhante ideia concordar com os planos do rei Harold, pai.

_ Foi uma boa ideia, meu filho. E eu não pude dizer um não. Isso resolveria dois dos nossos problemas. Paz para todos e você ainda conseguiria uma esposa.

_ Eu não a quero como esposa.

_ Seu prazo está acabando Joseph, e sinceramente não vi esforço nenhum de sua parte arranjar uma noiva nesse tempo.

_ Eu estou procurando, pai, mas do meu jeito. E meu jeito não inclui esta princesa.

_ Calado! Você não está procurando uma noiva coisa nenhuma. Há dias que simplesmente sai do palácio sozinho sem informar aonde vai, e creio que não seja para encontrar uma dama a qual poderá desposar. Está fugindo de suas obrigações!

_ E que obrigações são essas?! Me casar?! Posso garantir-lhe que posso muito bem governar sem estar casado. _ seu pai não entendia seu ponto de vista. Parecia que pensava no bom para ele, não para o próprio filho.

_ Não, não pode! A lei manda que o príncipe esteja casado antes de assumir a coroa!

_ Pois é uma lei estúpida! Várias leis são totalmente desnecessárias e foram criadas somente para atrapalhar nossas vidas. Uma coisa eu digo, pai, não vou me casar por obrigação. _ e saiu da sala, deixando clara sua vontade.

(...)

Depois da pequena discussão a estadia em Aglorum acabou. Rupert, Lílian e Joseph voltaram para seu reino e nada fora dito durante a viagem. Além de Joseph, Rupert também ficara de mau humor e, mesmo sendo bom, não era legal ver seu estado quando estava raivoso. Por sorte temos Lílian, sua amada esposa que consegue controlá-lo nessas situações.

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Heey, demorei, né? Foi mal, mas um dia vocês entendem.

Então, tava pensando em colocar umas paradas mais hard rock na fic, mas acho que não consigo isso porque desde o começo já fui indo no embalo de fic mais romântica, enfim. Vocês gostam mais de fics "uou" ou românticas? Porque quero saber pra eu escrever uma bem top pra ser a próxima postada, né.

Então comentem, deixem suas opiniões e tenham uma boa semana ^^

Beijos~